A Comissão Europeia prenuncia que os preços das habitações, em Portugal, vão continuar a aumentar. Comparativamente com os últimos anos, a subida deverá desacelerar, no entanto é «improvável» que venham a cair de forma acentuada em breve, aponta a Comissão, de acordo com o Eco.
«O crescimento dos preços das casas será moderado no futuro, pois as taxas de juro estão a subir», antecipa Bruxelas, que nas previsões da Primavera já tinha alertado para a perda de rendimento das famílias portuguesas devido à elevada percentagem de taxa variável no crédito à habitação.
A escassez de casas no mercado é uma das justificações, segundo um dos documentos da avaliação ao país no âmbito do ciclo do Semestre Europeu de 2023 da CE. As conclusões tiveram em conta o PRR em habitação. A Comissão Europeia indica que, em 2022, os preços foram 24% mais elevados face ao que seria um valor normal, de referência, tendo em conta os fundamentais do mercado. Se recuarmos a 2021, esse desvio, que reflete uma sobrevalorização das casas, já tinha atingido os 20%.
«Na última década, em Portugal, estes preços duplicaram em termos nominais, tendo nos últimos três anos, 2020 a 2022, registado um aumento de 34%», indica a Comissão, citada pelo mesmo meio. Apenas em 2022, «os preços subiram cerca de 13%».