Os preços das casas aumentaram 12,6% em 2022, crescimento que ficou 3,2 pontos percentuais acima do verificado em 2021. Estes são os dados avançados pelo INE, esta quarta-feira, no que diz respeito ao ano passado.
No ano de 2022 foram transacionadas 167.900 habitações, mais 1,3% que em 2021. Em valor, os alojamentos transacionados totalizaram 31,8 mil milhões de euros no ano transato, o que representa um aumento de 13,1% face a 2021.
Por categoria, as habitações existentes registaram uma redução de 0,1% no número e um aumento de 11,6% no valor das transações. No que concerne às habitações novas, observou-se um aumento de 8,5% no número de transações e de 18,2% no valor.
Mais de 10 mil das casas foram vendidas a estrangeiros
Em 2022, registaram-se mais de 10 mil do total de transações de casas, por um total de 3,6 mil milhões de euros, a compradores com domicílio fiscal fora do Território Nacional, um crescimento de 20,2% e 25,3%, respetivamente, em número e valor, face ao ano de 2021.
No ano em análise, o setor institucional das famílias foi responsável por 145.515 transações de alojamentos, representando 86,7% do total das vendas, mais 1,1 p.p. relativamente ao ano anterior e o registo mais elevado desde 2019.
A Área Metropolitana de Lisboa, com um total de 13,3 mil milhões de euros, concentrou 41,7% do valor das transações de alojamentos realizadas em 2022. Pelo quarto ano consecutivo, esta região apresentou uma redução homóloga do seu peso relativo (-0,9 p.p.).
No Norte, as vendas de habitações somaram 7,4 mil milhões de euros em 2022, correspondendo a 23,2% do total, menos 0,8 p.p. face ao ano anterior. Seguiram-se, em termos de maiores montantes de valores de transações, o Algarve com um total de 4,3 mil milhões euros e a região Centro com 4,2 mil milhões de euros. No ano em análise, ambas as regiões aumentaram as suas quotas relativas face a 2021, 0,7 p.p., no Algarve, para 13,5% e 0,2 p.p., no Centro, fixando-se em 13,2%.
Preços das casas sobem no 4º trimestre face ao trimestre homólogo
No 4º trimestre de 2022, o IPHab registou uma taxa de variação homóloga de 11,3%, menos 1,8 p.p. que no trimestre precedente e a taxa mais baixa do ano. Neste período em análise, o aumento dos preços foi superior nas habitações existentes comparativamente às habitações novas (12,7% e 7,1%, respetivamente), algo que ocorreu nos demais trimestres do ano.
No 4º trimestre do ano transato, transacionaram-se 38.526 habitações, uma taxa de variação homóloga de -16,0%, como também uma redução de 8,8% relativamente ao 3º trimestre. Entre outubro e dezembro de 2022, as casas transacionadas perfizeram 7,4 mil milhões de euros, menos 10,5% face a idêntico período de 2021.