Os preços da habitação em Portugal subiram 9,8% em termos homólogos no terceiro trimestre de 2024, acelerando 2 pontos percentuais face ao trimestre anterior.
Os mais recentes números do Índice de Preços da Habitação do Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram que, entre julho e setembro, foram realizadas 40.909 transações de habitação, uma subida de 19,4% face a igual trimestre de 2023. O valor das transações aproximou-se dos 9.100 milhões de euros, mais 28% que no trimestre homólogo. Deste valor global, 6.500 milhões de euros dizem respeito a fogos usados (+30%) e 2.600 a fogos novos (+21,6%).
Neste período, as famílias realizaram 35.462 transações (86,7%), num valor de 7.700 milhões de euros (85,4% do total). Os compradores estrangeiros, com domicílio fiscal fora de Portugal, compraram 2.655 casas, uma redução homóloga de 3,1%.
Neste trimestre, o crescimento dos preços das habitações existentes foi superior ao das habitações novas, de 10,5% e 8,1%, respetivamente, acelerando face ao trimestre anterior.
O INE avança também que a taxa de variação média anual deste índice (IPHab) foi de 8,1% no 3º trimestre de 2024, subindo, pela primeira vez, desde o 3º trimestre de 2022, mais 0,5 pontos percentuais do que no trimestre anterior. Os fogos usados registaram uma variação de 8,7% e os novos de 6,8%.
Relativamente ao trimestre anterior, o índice de preços da habitação subiu 3,7%. As casas usadas ficaram 3,8% mais caras, e as novas 3,3%. O valor das transações subiu quase 15% face ao trimestre anterior, 19,8% no caso das casas novas e 13,1% nas usadas.
No período em questão, as regiões Norte e Grande Lisboa concentraram praticamente 50% do total de transações, 10.407 e 7.949, respetivamente. É a quota mais elevada que se regista desde o 1º trimestre de 2021. As transações na Grande Lisboa atingiram um volume de 3.000 milhões de euros (32,6% do total), e de 2.300 milhões de euros na região Norte (25,4%).
Com 3.938 transações, a Península de Setúbal também registou um crescimento homólogo no seu peso relativo, de 0,5 pontos percentuais, representando 9,6% do total, e somando os 891 milhões de euros (9,8% do volume nacional).