Há mais 17,1% casas sobrelotadas no país em 2021. Na última década, observou-se um aumento no número de alojamentos superlotados, comparativamente a 2011.
Estes são os dados avançados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), em parceria com o Observatório da Habitação, do Arrendamento e da Reabilitação Urbana (OHARU), citado pela CNN, tendo como base os dados dos Censos 2021.
Os dados revelam que, de 4.142.581 alojamentos familiares clássicos, 23,7% estão adequados, sendo que a grande parte corresponde aos alojamentos sublotados. Maria da Graça Igreja, do OHARU, refere que isto explica-se, em parte, pela diminuição da dimensão média dos agregados, não sendo tão necessária a existência de tantas divisões.
Em 2021, de acordo com o Índice de Lotação dos alojamentos sobrelotados, existiam 35 municípios com este índice entre os 16% e os 30%. A média nacional fixou-se nos 12,7%.
A Região Autónoma da Madeira, Região Autónoma dos Açores e Algarve são as regiões onde os municípios detêm maiores proporções de sobrelotação. Em termos específicos, os municípios de Câmara de Lobos (30,1%), Ribeira Grande (25,8%) e Albufeira (25,3%). De destacar ainda Odemira (com 20,5% de alojamentos sobrelotados), no Alentejo, e a Amadora, na Área Metropolitana de Lisboa
35,8% dos edifícios em Portugal precisam de reparações
De acordo com os dados avançados pelo INE, 35,8% dos edifícios em Portugal precisam de reparações. A precisar de reparações médias (9,4%) e de reparações profundas (4,6%).
No extremo oposto, mais de metade dos edifícios em Portugal não necessita de qualquer intervenção (64,2%). O Alentejo Central, o Baixo Alentejo e o Algarve foram as regiões que verificaram maiores proporções de edifícios sem necessidades de reparação, com 75,1%, 71,6% e 70,7%, respetivamente.