Cerca de 62% dos portugueses não acreditam que o plano do Governo para a habitação vá ajudar a solucionar a crise no setor, e acham que os apoios às famílias são insuficientes. Apenas 26% admitem que possa útil para resolver os problemas atuais.
Esta é uma das conclusões tiradas da sondagem feita pela Aximage para o DN, JN e TSF sobre o programa “Mais Habitação”, que tem dado que falar e gerado muita polémica. É no Norte (excluindo a Área Metropolitana do Porto) que mais inquiridos desacreditam este plano, num total de 70% a considerar que não vai resolver a crise da habitação.
A sondagem mostra que 88% dos portugueses ouviu falar do programa “Mais Habitação”, nomeadamente na proposta do arrendamento coercivo. Cerca de metade dos inquiridos critica esta medida, considerando-a «um atentado à propriedade privada». 36% consideram que é uma defesa do direito à habitação. É na região Norte (excluindo a Área Metropolitana do Porto) que mais inquiridos se mostram contra a medida (63%).
Por outro lado, 59% concordam com o limite imposto ao aumento das rendas nos novos contratos, e 22% discordam. 65% acreditam que a bonificação dos juros à habitação é insuficiente para proteger as famílias da subida das taxas de juro, e apenas 18% se mostram satisfeitos com a medida, segundo o DN.
No que diz respeito ao alojamento local, um dos setores com medidas mais polémicas, como a criação de um novo imposto ou a limitação das novas licenças, as opiniões dividem-se. A sondagem mostra que 44% dos inquiridos são a favor de limitações ao alojamento local, mas 31% discordam. 20% não têm opinião formada.
A Aximage realizou esta sondagem entre 13 e 17 de março, recolhendo 801 entrevistas a maiores de 18 anos residentes em Portugal. Foi feita uma amostragem por quotas, obtida através de uma matriz cruzando sexo, idade e região (NUTSII), a partir do universo conhecido, reequilibrada por género, grupo etário e escolaridade. Para uma amostra probabilística com 801 entrevistas, o desvio padrão máximo de uma proporção é 0,017 (ou seja, uma "margem de erro" - a 95% - de 3,46%).