No segundo trimestre do ano, os preços médios anuais no setor residencial de luxo subiram 1,5% nos 46 mercados abrangidos pela edição mais recente do Knight Frank Prime Global Cities Index. Segundo a imobiliária, que desde 2021 é parceira da portuguesa Quintela+Penalva, o crescimento médio anual de 1,5% permanece bem abaixo do pico recente de 10,2% observado no último trimestre de 2021, mas é a taxa de crescimento mais forte desde o terceiro trimestre de 2022.
De acordo com o relatório, 57% dos mercados registaram um aumento dos preços nos últimos três meses e 59% nos últimos 12 meses. Em termos de crescimento a 12 meses, Lisboa está entre os mercados que mais cresce (4,7%) – a capital portuguesa está no top 10 dos mercados residenciais de luxo que mais crescem.
O Dubai (48,8%) mantém a posição de topo no ranking pelo oitavo trimestre consecutivo. Já Tóquio (26,2%) e Manila (19.9%) ocupam a segunda e a terceira posição, respetivamente, na tabela de crescimento anual. Miami, Xangai, Mumbai, Madrid e Nairobi também antecedem a capital portuguesa. A três meses, o crescimento de Lisboa fica em 1,4% e, a seis meses, nos 2,3%.
«Os mercados imobiliários mundiais continuam sob pressão devido à mudança para taxas de juro mais elevadas, mas os últimos resultados do Knight Frank Prime Global Cities Index confirmam que os preços estão a ser apoiados por uma forte procura subjacente, uma oferta fraca na sequência da interrupção dos projetos de novas construções durante a pandemia e um regresso contínuo dos trabalhadores às cidades. Como a incerteza sobre a direção da inflação parece ter diminuído nos últimos meses, é provável que os ajustamentos de preços em muitos mercados sejam menos pronunciados do que se esperava há três meses», afirma Liam Bailey, diretor mundial de estudos da Knight Frank.
"Mercado de luxo tem um potencial crescimento nos próximos anos”
Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva, considera que «o mercado de luxo é um mercado relativamente novo em Portugal, mas com uma enorme procura. A consolidação deste nicho de mercado tem sido sustentada, maioritariamente, pelo investimento de clientes estrangeiros, mas também por clientes portugueses. Neste sentido, o mercado chamado de luxo tem um potencial crescimento nos próximos anos».