Lisboa entre as cidades com maior valorização no mercado residencial de luxo

Lisboa entre as cidades com maior valorização no mercado residencial de luxo
Fotografia de Freepik.

Os preços dos mercados residenciais de luxo a nível global registaram uma subida média de 2,3% nos últimos 12 meses até junho de 2025. Quem o revela é a Quintela + Penalva | Knight Frank, que divulga, em parceria com o seu associado Knight Frank em Londres, os resultados do mais recente relatório Prime Global Cities Index (PGCI).

Apesar de mais de 75% das cidades analisadas terem apresentado crescimento, este ritmo representa um ligeiro abrandamento, sentido desde finais de 2023, refletindo as incertezas em torno da evolução da política monetária e do adiamento dos cortes nas taxas de juro nos principais mercados globais.

Lisboa com valorização anual de 3,1%

No ranking de 46 cidades avaliadas pelo Prime Global Cities Index, Lisboa surge em 21.º lugar, com uma valorização anual de 3,1%. Este desempenho coloca a capital portuguesa ao lado de mercados sólidos como Berlim (3,2%), Genebra (4,2%) e Los Angeles (3,9%). “Lisboa continua a merecer a atenção de investidores nacionais e internacionais, e a contínua subida de preço reflete também a pouca oferta de produto”, refere Francisco Quintela, sócio fundador da Quintela + Penalva | Knight Frank.

O mesmo subscreve Liam Bailey, Global Head of Research da Knight Frank, ao afirmar que “apesar da pressão das taxas de juro e do abrandamento global, Lisboa continua a demonstrar resiliência no segmento residencial de luxo, sustentada pelo interesse internacional e pela oferta limitada em localizações premium”.

Seul lidera o ranking das 46 cidades avaliadas pelo Prime Global Cities Index, com um crescimento anual de 25,2%. Tóquio e Dubai seguem em forte valorização, com 16,3% e 15,8%, respetivamente. Entre os mercados europeus, Madrid (+6,4%) e Zurique (+5,4%) mostram um desempenho robusto.

O estudo refere ainda que a evolução futura dos mercados de luxo continuará intimamente ligada à política monetária global. Apesar da inflação controlada em várias economias, a ausência de cortes substanciais nas taxas de juro mantém os custos de financiamento elevados, o que atua como travão ao crescimento mais acelerado dos preços.

Os mercados de luxo estão a fazer uma pausa coletiva. A recuperação recente foi sustentada pela expetativa de custos de financiamento mais baixos, mas com esse horizonte adiado, um arrefecimento no crescimento dos preços é inevitável”, reforça Liam Bailey.