Lane arranca no mercado de luxo com carteira de €300M

Lane arranca no mercado de luxo com carteira de €300M

A empresa dos empresários Manuel Neto e Martin Lawrenz foi fundada há 11 anos, e até agora operou enquanto franchisado de uma marca global, mas o mercado justificou esta emancipação: «é um projeto de marca própria que vínhamos a amadurecer. Temos dirigido a nossa atividade muito para o segmento médio-alto/alto, e achámos que poderíamos trabalhar mais concentrados nesse nicho, que dominamos e onde a nossa equipa se sente à vontade», explicou Manuel Neto à VI, durante o SIL 2019. «Profissionalizar uma equipa estável e preparada, com conhecimento e experiência de mercado», refere.

Atualmente, a Lane tem duas agências, em Cascais e no Estoril, que já operava enquanto franchisada. «Para já, vamos estabilizar essa operação, mas queremos alargar ao mercado de Lisboa e estamos a estabelecer muitos contactos nesse sentido, além do concelho de Setúbal», explica Manuel Neto, que garante que «vamos ser mais conservadores no número de lojas».

Sem avançar números concretos, o responsável avança que «vamos trabalhar num plano de ação para o próximo ano». E, para já, parte da estratégia da marca passa pela promoção junto dos principais mercados-alvo estrangeiros (que representam entre 60% e 70% da operação), como sejam a Europa, Singapura, África do Sul, além dos mais conhecidos, como o brasileiro ou francês. «Estamos agora a programar a nossa divulgação nestes mercados de uma forma mais ativa», explica.

O portfólio atual da Lane, com apenas algumas semanas de operação, ronda os 150 imóveis em carteira, 66% dos quais moradias tipo V2 a V7 e 30% apartamentos T2 a T5. 10% dos imóveis destinam-se ao mercado de arrendamento. Mas a ideia passa por integrar também ativos comerciais

 

Mercado “está a ficar mais realista”

A Lane lança-se no mercado num contexto de negócios favorável e, sobretudo, de estabilização, acredita Manuel Neto.

«O mercado mudou muito durante o último ano, tanto em termos de nacionalidades, como também de preços. Sentimos que estamos num período de estabilização nesse sentido». Explica que «houve alguma dispersão da procura por dúvidas em relação ao preço, sentimos isso, porque o mercado deixou de estar claro, com muita oferta fora de preço. Entrámos aqui numa fase em que alguma oferta foi vendida com preços desajustados, e isso cria dúvidas».

Agora, considera que «o mercado está a estabilizar e a ficar mais realista, e apesar de sentirmos uma quebra no número de pedidos, não baixou o número de vendas».