A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito à habitação voltou a aumentar em novembro, para 4,524%, o valor mais elevado desde março de 2009, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE). Este aumento representa uma subida de 9,1 pontos base face a outubro (4,433%).
Quanto aos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu pela primeira vez nos últimos 20 meses, passando de 4,380% em outubro para 4,366% em novembro. Já a prestação média fixou-se em 396 euros em novembro, o valor máximo desde o início da série (janeiro de 2009), mais 4 euros que em outubro e mais 108 euros que em novembro de 2022, o que traduz um aumento mensal de 1,0%.
Juros representam 61% da prestação média do crédito à habitação
Segundo o INE, no último mês, a parcela relativa a juros representou 61% da prestação média, o que compara com 29% em novembro de 2022. Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, o valor médio da prestação subiu 11 euros face ao mês anterior, para 655 euros em novembro. O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 252 euros, para 64 438 euros.
Para o destino de financiamento aquisição de habitação, o mais relevante no conjunto do crédito à habitação, a taxa de juro implícita para o total dos contratos subiu para 4,497% (+8,9 p.b. face a outubro). Nos contratos celebrados nos últimos 3 meses, a taxa de juro desceu 1,1 p.b. face ao mês anterior, fixando-se em 4,353%, registando a primeira redução desde março de 2022.
Tendo em conta a totalidade dos contratos, o valor médio da prestação mensal fixou-se em 396 euros em novembro, mais 4 euros que no mês anterior e mais 108 euros que em novembro de 2022 (aumento de 37,5%). Pelo segundo mês consecutivo, registou-se uma redução da taxa de variação homóloga do valor médio da prestação face à observada no mês anterior (40,5%).