No primeiro semestre deste ano, foram registadas 3.760 transações de aquisição de imóveis residenciais na Área de Reabilitação Urbana de Lisboa (ARU), que representam um investimento de 1.953 milhões de euros – um aumento de 29% face aos 1.510 milhões investidos em igual período do ano passado.
De acordo com os mais recentes números da Confidencial Imobiliário, apuradas com base nos elementos de direitos de preferência reportados pela Câmara Municipal de Lisboa, este volume também supera os padrões semestrais de investimento dos últimos cinco anos. Por outro lado, em número de operações, a atividade está atualmente 20% acima das 3.140 transações que foram registadas por semestre em 2023.
Neste período, os compradores particulares representaram 76% do número de transações e do montante investido, num total de 2.865 transações no valor de 1.479 milhões de euros. As empresas representam os restantes 24% do volume de investimento em habitação nesta ARU, com 895 aquisições no valor de 474 milhões de euros.
Segundo a Ci, o aumento deste investimento terá sido motivado pelos dois segmentos, privados e empresas. Os privados aumentaram o seu investimento em 32% e o número de operações em 19%. Nas empresas, o capital investido subiu 21%, e o volume de transações outros 21%, face à atividade semestral do ano passado.
No que diz respeito às localizações da cidade, as Avenidas Novas distinguem-se por registarem 340 operações, no valor de 235 milhões de euros, quotas de 9% e 12%, respetivamente, do total da atividade do semestre.
Já a Estrela foi a segunda freguesia mais procurada, com 280 operações de compra de habitação e 196 milhões de euros aplicados, quotas de 7% e 10%, respetivamente. Estas duas freguesias registaram um aumento do volume de investimento, de 83% nas Avenidas Novas e de 30% na Estrela, face à média semestral de 2023.
No entanto, foi em São Vicente, Alvalade e Belém que a atividade de investimento em habitação mais cresceu. Em São Vicente, o volume investido aumentou 179% para 102 milhões de euros, garantindo uma quota de 5% do mercado. Já Alvalade aumentou o volume de investimento em 129% para 165 milhões de euros, tornando-se na freguesia com a maior quota de mercado, de 8%. Belém aumentou o volume de investimento em 126% para 138 milhões de euros, com uma quota de 7% do total.
De recordar que a ARU de Lisboa abrange todas as freguesias da cidade, à exceção de Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações.