A atividade liderada por investidores particulares estrangeiros no mercado residencial lisboeta continua em alta em 2025, com o 1º semestre a exibir um dinamismo em linha com o observado em igual período do ano passado, mostram os últimos dados da Confidencial Imobiliário (Ci).
De acordo com a Ci, nos primeiros seis meses do ano foram adquiridas 730 casas por compradores particulares oriundos de 52 países na Área de Reabilitação Urbana (ARU) de Lisboa, território que abrange praticamente toda a cidade, excluindo as freguesias de Santa Clara, Lumiar e Parque das Nações. Embora tenham sido registadas menos 65 transações que em igual período do ano passado, os 465,2 milhões de euros transacionados ficaram 3% dos 463,7 milhões registados um ano antes, o que representa um incremento de 1,5 milhões de euros no volume de vendas. Em termos de ticket médio de investimento, os estrangeiros aplicaram 635.5005 euros por transação no 1º semestre deste ano, mais 9% do que os 583.300 eurosinvestidos em igual período do ano 2024.
No 1º semestre de 2025 foram identificadas 52 nacionalidades ativas entre os compradores particulares estrangeiros, menos seis que as 58 contabilizadas há um ano. Entre estas, os norte-americanos lideraram as compras internacionais, com 130 imóveis adquiridos no valor de 113,6 milhões de euros, representando 18% das operações e 24% do montante aplicado por não residentes no período em análise. Os brasileiros surgem em segundo lugar, com 80 transações que totalizaram 52,2 milhões de euros, correspondendo a 11% do volume tanto em número de casas como em capital investido. Seguem-se os franceses, igualmente com 80 transações aquisições, no valor de 48,6 milhões de euros, o que traduz quotas de 11% das compras e 10% do investimento estrangeiro.
As freguesias da Estrela e Arroios, ambas com cerca de 90 transações que equivalem a 12% do total das compras por estrangeiros, foram as mais procuradas pelo mercado internacional. Em termos de volume de capital, a Estrela voltou a liderar, com 82,7 milhões de euros (18% do total), seguida de Santo António, que captou 71 milhões (15%).
Olhando ao conjunto do mercado residencial da ARU de Lisboa, os estrangeiros foram responsáveis por 24% das transações e 32% do investimento. Os compradores estrangeiros realizaram 76% das aquisições – 2.350 imóveis – num total de 996,9 milhões de euros, registando um ticket médio de 424.400 euros, um valor 50% abaixo do dos investidores internacionais.
Ao longo dos primeiros seis meses de 2025, foram contabilizadas um total de 3.080 transações de compra de habitação por particulares, num montante global de 1.462 milhões de euros.