Inquilinos pedem contenção na atualização das rendas

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Reagindo à publicação dos números da inflação média dos últimos 12 meses, de 6,94%, que servem de referência para a atualização das rendas em 2024, a Associação dos Inquilinos Lisbonenses pediu «contenção» nas subidas do próximo ano, e espera que o Governo volte a travar este aumento, como fez em 2023.

António Machado, secretário-geral da AIL, refere que «no mínimo, esperamos contenção», tendo em conta «que as taxas de esforço nas rendas já são superiores a 50%, em termos médios», afirmou à Lusa

Para a associação de inquilinos, este patamar de inflação, de 6,94% (este valor é ainda provisório, e o definitivo será conhecido a 12 de setembro), exige uma resposta do Governo para evitar que as rendas subam demasiado: «se o Governo for por este caminho [não travar a atualização com base na inflação], está a ir por um mau caminho» porque a situação «está muito difícil» e há «urgência de soluções», cita o Observador.

António Machado não aponta um teto específico para o aumento das rendas, mas sugere um escalonamento em função do valor da renda, defendendo que «uma coisa é aumentar 6,94% numa renda de 100 euros e outra coisa é aumentar 6,94% numa renda de 1.000 e o que podia haver aqui é um escalonamento».

A ministra da Habitação, Marina Gonçalves, já garantiu que o Governo «vai agora avaliar» eventuais medidas de limitação administrativa do aumento das rendas. «Será uma avaliação o mais breve possível, para dar estabilidade naquela que é a resposta a partir de janeiro», afirmou aos jornalistas esta quinta-feira.