As opinião é de Luís Lima, presidente da APEMIP, que acredita que devido à falta de stock imobiliário e ausência de medidas que promovam um aumento da oferta no mercado de arrendamento ou compra e venda «não será um ano fácil».
O responsável falava em Faro durante a conferência “O hoje e o amanhã do imobiliário português”, organizada pela APEMIP com o apoio da Região de Turismo do Algarve, que juntou um painel de oradores e especialistas do setor no auditório da Região de Turismo do Algarve.
“Para onde caminha o imobiliário nacional? Desafios e constrangimentos” foi a grande questão que deu início ao debate do painel, moderado por José Gomes Ferreira, Diretor adjunto de informação da SIC, e composto por António Ramalho, Presidente do Novo Banco; Luís Lima, Presidente da APEMIP e Tiago Caiado Guerreiro, da Caiado Guerreiro: Sociedade de Advogados.
O fiscalista Tiago Caiado Guerreiro destacou neste encontro a elevada fiscalidade sobre o setor imobiliário como sendo um dos principais entraves à sua dinamização, apelando à «necessidade de promover incentivos fiscais para a fixação de empresas em Portugal».
Algarve: o momento para investir
Uma das mesas redondas do evento reuniu Joaquim Goes, da Oxy Capital; Gonçalo Batalha, da ECS Capital; Pedro Seabra, da Explorer Investments; Luís Correia da Silva, da Dom Pedro; e Rui Meneses Ferreira, da Kronos Investment Group, numa conversa moderada por Rúben Peixinho, professor da Universidade do Algarve.
Luís Correia da Silva apontou na ocasião a importância da aposta na área de imobiliário de lazer, por considerar que todas as condições para ser um projeto de sucesso num futuro próximo, na região do Algarve. Joaquim Goes salientou o turismo residencial como uma das componentes mais relevantes na região algarvia, destacando a importância da atratividade do produto para o comprador.
Rui Meneses Ferreira, por seu turno, acredita que o país está num bom momento, tal como o setor imobiliário, acrescentando que foi a crise que fez surgir novas rotas no mercado. Autarquias, juntamente com os promotores e o setor de construção, deverão unir-se para que sejam tomadas atitudes proativas nas políticas nacionais para o crescimento do Algarve.
Pedro Seabra acredita que o mercado imobiliário residencial pode ainda crescer. Mas «para isso será preciso que os políticos não impliquem, nem estraguem, aquilo que está a ser desenvolvido».
A conferência contou ainda com a presença de Reinaldo Teixeira, vice presidente da APEMIP, o Presidente da Câmara Municipal de Faro, Rogério Bacalhau, Luís Coelho, professor da Universidade do Algarve e Presidente da Ordem dos Economistas. Contou com a presença de Aquiles Marreiros, da CCDR-Algarve, Jorge Botelho, presidente da AMAL, João Fernandes, presidente da RTA, ou Alberto Mota Borges, diretor do aeroporto de Faro.