Habitação integrada em Resort fica 18% mais cara

Habitação integrada em Resort fica 18% mais cara

 

Os números foram apurados pela Confidencial Imobiliário no âmbito do Resort Price Index, um índice que índice acompanha a evolução dos preços de transação da habitação neste tipo de empreendimento, sendo apurado a partir do SIR-Resorts, sistema que envolve os principais promotores e mediadores imobiliários que operam neste mercado em Portugal. Mostra que, em termos semestrais, os preços aumentaram 8% no 2º semestre (vs 1º semestre).

Apesar desta variação homóloga, trata-se de um mercado que já esteve a perder 10% (no 2º semestre de 2017), ou seja, está hoje a valorizar-se em cerca de 6% face ao período que antecedeu o anúncio do Brexit em meados de 2016.

O turismo residencial é um dos segmentos de mercado que mais sente o impacto da procura britânica, e cuja formulação de valor tende, por isso, a reagir às flutuações cambiais da Libra Esterlina. A instabilidade trazida pelo referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, em junho de 2016, e respetiva desvalorização da moeda britânica face ao Euro, terão sido um dos pivots para a descida de preços no mercado nacional de resorts, em resposta de adaptação a esta nova realidade, explica a Ci.

Ricardo Guimarães, Diretor da Confidencial Imobiliário, destaca que «este é um tipo de comportamento típico dos mercados onde os racionais do turismo e da compra de investimento são mais fortes (vs procura doméstica de primeira habitação), como é o caso deste segmento e, em geral, do Algarve, nos quais os preços tendem a ser mais voláteis em adaptação ao comportamento da moeda de um dos seus principais mercados compradores. Mas mesmo assim, é interessante observar a capacidade de resiliência deste mercado num contexto de incerteza, recuperando face a um primeiro momento de perda de valor anterior», explica em comunicado.  

O Resorts Market Survey, que mede as expetativas do mercado, mostra que, apesar da importância do mercado britânico, os operadores têm uma perspetiva de continuação da subida dos preços nos resorts, antecipando uma subida de 5,5% para este ano, valor inferior aos 6,2% e 7,2% apontados nos inquéritos anteriores.