A informação é da primeira Síntese Estatística da Habitação, divulgada pela AICCOPN, que nota que as licenças emitidas pelas Câmaras Municipais para construção e reabilitação de edifícios habitacionais aumentaram 14,7% para 11.825. Por outro lado, o número de fogos novos licenciados cresceu 22,6% para 13.918, valor que corresponde ao registo mais elevado dos últimos 6 anos.
A par disso, o consumo de cimento no mercado nacional cresceu 13,2% em termos homólogos. Só em 2012 o consumo foi superior ao do ano passado.
Este relatório nota que, em dezembro de 2017, o stock de crédito concedido pelos bancos às empresas do setor da construção e do imobiliário sofreu uma quebra de 1,9% face a igual período do ano anterior. E o stock de crédito à habitação concedido a particulares quebrou 1,4%, num total de 93.216 milhões de euros. Contudo, o novo crédito concedido para compra de casa cresceu 42,6%, num total de 8.259 milhões de euros.
No período analisado, o valor médio de avaliação bancária no âmbito das transações de imóveis habitacionais aumentou 4,5% em termos homólogos, fixando-se nos 1.150 euros por metro quadrado no final de dezembro, valor que foi de 1.200 euros no caso dos apartamentos (+5%) e de 1.067 euros no caso das moradias (+4%).
Porto destacou-se nesta dinâmica
A AICCOPN destaca neste relatório que, só na Área Metropolitana do Porto, foram licenciados 1.903 fogos em construções novas em 2017, mais 37,8% que no ano anterior. Deste número, 58,2% são de tipologia T3 ou superior, e 41,8% de tipologia T2 ou inferior.
Nesta região, os valores médios de avaliação bancária aumentaram 5,8% em termos homólogos, para 1.113 euros por metro quadrado.