A gestão dos cerca de 16 mil fogos que compõem o património do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) deve passar para os municípios. A afirmação foi feita esta terça-feira, no Parlamento, pelo presidente do instituto, António Benjamim Costa Pereira.
“Já temos isso pensado, a tutela está a trabalhar nisso”, disse António Benjamim Costa Pereira, em declarações à Lusa, citado pelo Observador. O IHRU detém perto de 16 mil fogos, 14.873 dos quais com aptidão habitacional, espalhados por 139 municípios. Uma dispersão que, admite, torna difícil uma gestão eficaz de forma centralizada.
“Do ponto de vista dos recursos humanos, não conseguimos ter uma gestão de proximidade, então é muito mais fácil haver ocupações ilegais, é muito mais fácil haver incumprimento, é muito mais fácil haver frações que precisam de intervenções que nós não conseguimos identificar”, detalhou.
“Não queremos passar encargos para os municípios.”
Relatando que “há uma vontade já expressa do Governo em fazer isso”, o presidente do conselho diretivo do IHRU sublinhou que o processo deve “ser negociado com os municípios” e implicará “certamente um pacote financeiro associado”.