Falta de residências de estudantes atrai investimento para o Porto

Falta de residências de estudantes atrai investimento para o Porto

 

Segundo a Predibisa, o mercado imobiliário tem sofrido uma enorme evolução, com o aumento da qualidade da construção nova e da reabilitação das zonas históricas, o que tem contribuído para a revitalização sustentada da cidade. Com o crescimento da atividade turística, apresentam-se novos formatos residenciais e novas oportunidades para a promoção.

Este foi aliás o mote para a sessão “Novas oportunidades na promoção residencial”, conferência que animou a tarde do dia 29 de novembro durante a Semana da Reabilitação Urbana do Porto.

Um estudo da consultora, apresentado na ocasião por João Leite Castro, diretor do departamento Corporate da Predibisa, se por um lado ainda há muita escassez de oferta de residências de estudantes no Porto, o número de alojamentos locais e de unidades hoteleiras continua a crescer. «Os estrangeiros que chegam à cidade não são apenas turistas ou grandes investidores imobiliários», explica o responsável. «São também estudantes e todos os anos chegam mais, com o número de estrangeiros no ensino superior no Porto a subir cerca de 5% entre 2012 e 2017, segundo dados do INE. Nada aponta para que esta tendência se inverta».

O Porto começa, assim, a receber novos operadores especializados neste segmento de alojamento para estudantes, que apostam em novas residências privadas: «falamos de projetos com layouts muito bem desenhados, com instalações exclusivamente adaptadas ao público-alvo, estrategicamente localizadas, com condições e serviços muito especializados e acima da média, mas vocacionados em particular para estudantes deslocados».

«Dadas as características, as rendas mensais praticadas poderem chegar aos 600 euros. Estão já previstos quatro novos projetos de residências privadas para estudantes no Porto, com cerca de 1.400 quartos e que deverão ficar prontos em 2019 e 2020», conclui João Leite Castro.