Os números são do Índice de Rendas Residenciais, indicador da Confidencial Imobiliário que monitoriza a evolução das rendas de habitação efetivamente contratadas em Portugal Continental.
A subida trimestral de 3,6% observada no primeiro trimestre do ano passado passou para 2,4% no trimestre seguinte, e para 1,3% no terceiro trimestre, o registo mais baixo desde a segunda metade de 2017.
Este abrandamento já se reflete no comportamento homólogo, exibindo uma tendência ligeira de atenuação há dois trimestres. Após uma subida homóloga de 13% no 1º trimestre do ano passado, um ritmo inédito nos últimos 8 anos (este índice reporta a uma série iniciada em 2010), as rendas cresceram 11,2% no trimestre seguinte, ritmo que se manteve inalterado em 11,1% no mais recente trimestre em análise. Ainda assim, há cerca de um ano e meio que as rendas apresentam subidas homólogas superiores a 10%, um patamar nunca alcançado em 8 anos.
As rendas começaram a abrandar o crescimento em Lisboa desde o final de 2016, onde, depois de um aumento de 7,1% no terceiro trimestre, as variações trimestrais tendem a ser mais contidas, entre os 5% e os 2%. No terceiro trimestre do ano passado, manteve-se nos 1,9%. A variação homóloga recuou de 17% para 16,4% entre o 2º e 3º trimestres de 2018.
Por outro lado, no Porto continua a acelerar a subida das rendas, em contraste com o total do país e com Lisboa. Segundo a Ci, as rendas no Porto cresceram 23,1% em termos homólogos no 3º trimestre de 2018, intensificando novamente a subida, que, desde início de 2018, se posiciona acima dos 20%. Ainda assim, denota-se uma progressiva contenção, ainda que suave, na evolução trimestral das rendas, com os 4,7% registados no terceiro trimestre a compararem com os 5,9% do último trimestre de 2017.