A Câmara de Coimbra quer avançar com dois projetos de habitação de arrendamento acessível, já submetidos, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Um destes projetos envolve a construção de um novo prédio no centro da cidade, de acordo com comunicado do município.
A empreitada, a ser realizada em terreno da autarquia, prevê 20 novos fogos (oito de tipologia T0 e 12 T2), referiu a vereadora Ana Cortez Vaz. Para além deste projeto, também no âmbito do arrendamento acessível, está submetida na Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra uma requalificação de um prédio devoluto municipal em Vale de Figueiras, no valor de um milhão de euros, em que estão previstos seis fogos (quatro T2 e dois T1).
A autarquia tem outros possíveis investimentos em vista, no âmbito do PRR. O maior investimento no parque habitacional municipal estará concentrado na Quinta das Bicas, em Taveiro, onde a Câmara de Coimbra prevê construir 268 fogos de habitação social, num investimento que irá rondar os 45 milhões de euros, no âmbito do PRR. Segundo a vereadora, a Câmara de Coimbra prevê lançar o concurso para aquela obra em fevereiro.
No ano passado, a Câmara Municipal registou o valor mais alto de pedidos de habitação social no concelho nos últimos 15 anos, com 178 novos pedidos. Atualmente, há um total de 582 processos ativos de pedidos de habitação social.
«Estamos a receber cada vez mais pedidos de ajuda na Câmara de Coimbra de particulares que vivem em habitações arrendadas, cujos proprietários vão fazendo denúncia do contrato», acrescentando que «há pessoas que estão na iminência de pura e simplesmente ir para a rua, porque o mercado de arrendamento privado não está a suportar nada», considera Ana Cortez Vaz.
«Até ao dia de hoje, a Câmara tem conseguido dar resposta, nem que seja ao abrigo da exceção, em que a pessoa que está na lista de espera, sob a iminência de ficar sem abrigo, passa à frente», acrescenta.