Braga destaca-se pelo dinamismo no investimento em nova promoção residencial

Braga consolida-se como uma das capitais de distrito com maior dinâmica no investimento em nova promoção residencial.

Os dados mais recentes do Observatório Urbano de Braga revelam que a cidade continua a afirmar-se como uma das capitais de distrito mais dinâmicas no investimento em nova promoção residencial, intensificando o esforço na criação de nova oferta habitacional. Este cenário é comprovado pelo equilíbrio entre o número de fogos licenciados e os pedidos de licenciamento apresentados na Câmara Municipal.

No primeiro semestre deste ano, foram aprovados 558 fogos no concelho, um número que acompanha o pipeline de 560 habitações submetidas à aprovação da autarquia no mesmo período. O rácio entre fogos licenciados e fogos em pipeline atinge, assim, os 100% no semestre em análise, consolidando a tendência positiva dos últimos semestres. Este desempenho traduz-se numa elevada capacidade do concelho para concretizar as intenções de investimento, licenciando uma habitação por cada outra que dá entrada com pedido de licenciamento.

Ricardo Guimarães, diretor da Confidencial Imobiliário, comenta que «Braga é um concelho com grande dinâmica demográfica, sendo uma cidade que concilia uma elevada qualidade urbana com preços de habitação competitivos face à realidade de outras capitais de distrito similares. Para esse resultado releva a capacidade que tem tido de dar resposta ao aumento da procura, viabilizando uma dinâmica de oferta forte e vocacionada para habitação acessível».

Por sua vez, João Rodrigues, Vereador do Planeamento e Ordenamento, Gestão Urbanística, Regeneração Urbana, Habitação, Inteligência Urbana e Inovação Tecnológica, da Câmara Municipal de Braga, afirma que «os números apresentados pelo Observatório Urbano de Braga reforçam o compromisso da Câmara Municipal de Braga em garantir uma gestão urbanística eficiente e alinhada com as necessidades da população. Temos trabalhado arduamente para criar um ambiente propício ao investimento habitacional, ao mesmo tempo que asseguramos o acesso a habitação de qualidade e a preços mais acessíveis do que as outras capitais de distrito. Este equilíbrio é resultado de uma estratégia que combina planeamento rigoroso, inovação tecnológica e uma visão integrada de regeneração urbana. Continuaremos a apostar em políticas que fomentem o desenvolvimento sustentável e a atratividade de Braga, fortalecendo o nosso papel como uma das capitais de distrito mais dinâmicas e acolhedoras do país».

Braga regista desempenho favorável em termos da procura residencial

O concelho regista cerca de 700 transações de habitação no 3º trimestre deste ano, acumulando dois trimestres de crescimento e posicionando as vendas 11% acima do final de 2023. Os preços mantêm a trajetória positiva, com aumentos de 1,8% em termos trimestrais no 3º trimestre deste ano. No 3º trimestre deste ano, Braga posicionou as vendas de habitação numa média de 1.964 euros por metro quadrado, um preço que permanece abaixo outras capitais de distrito, por exemplo 13% abaixo do praticado em Aveiro no mesmo período (2.258 euros por metro quadrado) e 28% abaixo de Faro onde as transações atingiram 2.745 euros por metro quadrado.

Relativamente ao Porto, o diferencial de preço é bastante mais acentuado (-39%), comparando-se o patamar de Braga com a média de 3.203 euros por metro quadrado registada na Invicta. Já face a Lisboa (4.813 euros por metro quadrado), Braga apresenta um mercado com preços 59% inferiores.

Quanto às rendas residenciais, Braga observa um registo de estabilidade, tendo mesmo havido uma ligeira descida no mercado, com uma variação de -0,4% das rendas face ao trimestre anterior. Apesar de residual, esta é a segunda variação trimestral negativa registada em 2024, dado que, no 1º trimestre do ano, as rendas dos novos contratos desceram os mesmos 0,4%.

O 2º trimestre, pelo contrário, foi de aumento (+3,0%), mas, conforme referido, o 3º trimestre voltou a estabilizar os valores. Tal é visível nas rendas médias contratadas dos usados, que atingiram os 8,9€/m2 no 3º trimestre, um nível inferior aos 9,2€/m2 registados no trimestre anterior.