Avaliação bancária sobe 18,7%

imagem ilustrativa
Freepik.com

O valor mediano de avaliação bancária na habitação, usado como base na concessão de crédito, atingiu os 1.945 euros por metro quadrado no mês de julho. São mais 18,7% que em igual mês do ano passado, e mais 34 euros que no mês anterior.

Os dados do Instituto Nacional de Estatística dão conta de que o Alentejo registou a subida mensal mais expressiva do conjunto, de 4,2%, e não se verificou qualquer descida nas restantes regiões do país.

Na comparação com julho de 2024, o valor mediano das avaliações aumentou de forma mais expressiva na Península de Setúbal, com uma subida de 24,2%. Também não se registaram descidas neste caso.

No que diz respeito aos apartamentos, o valor mediano de avaliação bancária atingiu os 2.254 euros por metro quadrado, mais 2,1% do que em julho, e mais 24% face a igual mês do ano passado. A Grande Lisboa e o Algarve têm os valores mais elevados, de 2.990 e 2.642 euros por metro quadrado, respetivamente. O Alentejo tem os valores mais baixos, de 1.419 euros por metro quadrado. Mas foi a Península de Setúbal que registou a maior subida homóloga, de 25,6%. Não se registou qualquer descida.

Já no que toca as moradias, o valor mediano da avaliação bancária foi de 1.414 euros por metro quadrado, mais 1,8% que no mês anterior e mais 10% que em igual mês do ano passado. Os valores mais altos observaram-se em Lisboa, com 2.707 euros por metro quadrado, e no Algarve, com 2.505 euros por metro quadrado. O Centro e o Alentejo têm os valores mais baixos, de 1.053 e 1.149 euros por metro quadrado. Mas os Açores registaram a maior subida do país, de 17,8%.

As regiões da Grande Lisboa, o Algarve, a Península de Setúbal, a Região Autónoma da Madeira e o Alentejo Litoral apresentaram valores de avaliação superiores à mediana do país em 52,0%, 34,5%, 18,8%, 14,9% e 7,3%, respetivamente. Beiras e Serra da Estrela, Beira Baixa e Terras de Trás-os-Montes apresentaram valores mais baixos em relação à mediana do país, de -50,3%, -49,8% e -49,1%, respetivamente.

Neste mês de julho, foram feitas 33.800 avaliações bancárias, uma subida de 3,8% face ao mês anterior, e mais 3,7% em termos homólogos.

Taxas de juro voltam a descer, para 3,385%

Em paralelo, a taxa de juro implícita do conjunto dos contratos de crédito à habitação desceu em julho para os 3.385%, menos 9,4 pontos base face ao mês anterior.

Segundo o INE, nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro desceu de 2,951% em junho para 2,897% em julho.

Já a prestação média fixou-se em 394 euros, valor idêntico ao mês anterior, traduzindo uma descida de 11 euros comparativamente a julho de 2024. Em julho, a parcela relativa a juros representou 51% da prestação média. 

No caso dos novos contratos, o valor médio da prestação subiu 5 euros, para 635 euros, mais 3,9% que no ano passado.

O capital médio em dívida para a totalidade dos créditos à habitação aumentou 593 euros, atingindo os 72.270 euros.