Avaliação bancária das casas aumenta e atinge novo máximo

Avaliação bancária das casas aumenta e atinge novo máximo
Fotografia de Freepik.

O mercado da habitação continua a subir de tom e a avaliação bancária acompanha esse movimento a um ritmo acelerado. Em novembro, o valor atribuído pelos bancos ao metro quadrado da habitação voltou a bater recordes, fixando-se nos 2.060 euros, um novo máximo histórico, de acordo com os dados avançados esta segunda-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Em novembro, o valor mediano cresceu 35 euros, uma subida de 1,7%, sem qualquer região a registar descidas. A Região Autónoma dos Açores destacou-se como a que apresentou o aumento mensal mais expressivo, com uma valorização de 3,8%. Em termos homólogos, a escalada é ainda mais evidente: face a novembro de 2024, as avaliações bancárias aumentaram 18,4%, com a Península de Setúbal a liderar os crescimentos, ao registar uma subida de 26,9%.

Apartamentos puxam pelos valores

Em novembro, o valor mediano de avaliação bancária atingiu os 2.389 euros por metro quadrado, mais 22,9% do que no mesmo mês do ano passado. A Grande Lisboa voltou a concentrar os valores mais elevados, com 3.143 euros por metro quadrado, seguida do Algarve, onde o metro quadrado foi avaliado em 2.772 euros. Em sentido oposto, Centro e Alentejo mantiveram os níveis mais baixos, com 1.532 euros e 1.543 euros por metro quadrado, respetivamente.

A Península de Setúbal voltou a destacar-se, desta vez como a região com o maior crescimento homólogo nos apartamentos, ao avançar 29,3%. Em termos mensais, as avaliações subiram 1,9%, com os Açores a registarem o aumento mais expressivo e o Alentejo a única descida, ainda que ligeira, de 0,3%.

Por tipologia, os T1 continuam a liderar em valor, com o metro quadrado a subir 47 euros, para 3.123 euros. Os T2 e T3 acompanharam a tendência, ao avançarem 40 e 37 euros, para 2.465 euros e 2.047 euros por metro quadrado, respetivamente. Estas três tipologias concentraram quase a totalidade das avaliações realizadas no período, representando 92,7% do total.

 

Moradias também sobem, mas a outro ritmo

Em novembro, o valor mediano da avaliação bancária situou-se nos 1.500 euros por metro quadrado, mais 13,6% do que no mesmo mês de 2024. A Grande Lisboa e o Algarve voltaram a liderar, com valores de 2.750 euros e 2.563 euros por metro quadrado, enquanto o Centro e o Alentejo apresentaram os níveis mais baixos, com 1.109 euros e 1.183 euros.

O Oeste e Vale do Tejo foi a região com o crescimento homólogo mais expressivo nas moradias, ao registar uma subida de 21,2%. Em comparação com outubro, o valor mediano aumentou 1,9%, com o Alentejo a destacar-se pelo crescimento mensal mais elevado, de 3,2%, sem qualquer região a registar descidas.

Por tipologia, as moradias T2 viram o valor do metro quadrado subir 33 euros, para 1.495 euros, enquanto as T3 aumentaram 22 euros, para 1.464 euros, e as T4 avançaram 17 euros, para 1.577 euros por metro quadrado. No conjunto, estas tipologias representaram 88,1% das avaliações bancárias de moradias realizadas em novembro.