Procura de escritórios na Europa atinge recorde no 3º trimestre

Procura de escritórios na Europa atinge recorde no 3º trimestre

Esta é a performance trimestral mais elevada de que há registo, apesar de não colocar ainda o total do ano perto do recorde anual de 13,1 milhões de m² absorvidos em 2007. No período em análise, a absorção de escritórios registou um crescimento homólogo de 29%, e as previsões estimam que o volume total de absorção anual atinja os 11,5 milhões de m² este ano, mais 8% que no ano passado.

Na Europa Continental, a JLL destaca a performance de mercados como Lion, que teve o maior crescimento regional e registou o trimestre mais forte de sempre, superior em 142% face ao período homólogo. Já em Barcelona o crescimento foi de 135%, e em Paris, o 3º mercado que se destaca, o crescimento foi de 39%, com melhorias significativas nos níveis de arrendamento.

Por outro lado, a Alemanha registou também alguns dos resultados mais fortes da Europa, com os mercados de Berlim, Hamburgo, Düsseldorf, Frankfurt e Munique com uma absorção conjunta de 775.000m², que atingiu os níveis trimestrais mais elevados desde 2006.

Londres continua a ter um mercado de escritórios muito forte, apesar de os níveis de arrendamento terem diminuído no último ano, estando este 11% acima da média de longo prazo, conduzida por uma sólida atividade corporativa e por um forte pipeline de projetos em desenvolvimento.

Já nos mercados do sul da Europa, nos quais se incluem Portugal, Itália e Espanha, a retoma fez com que a procura pelos ocupantes tenha já superado a oferta, resultando num crescimento das rendas neste trimestre. Em Lisboa foram ocupados 54.388m², um dos trimestres mais ativos dos últimos anos, e um volume de absorção 155% acima do trimestre anterior e 82% acima do mesmo trimestre do ano passado.

Para Alex Colpaert, head of offices research EMEA da JLL, «a atividade do lado da ocupação reagiu, suportada pela estabilidade na recuperação da economia na Zona Euro e pelas perspetivas de crescimento de negócio relativamente saudáveis». O responsável destaca que «embora a procura por espaços na Europa seja forte, os constrangimentos do lado da oferta continuaram a pressionar o crescimento das rendas em vários mercados, caso de Madrid e Barcelona, onde a promoção especulativa não evoluiu ao mesmo ritmo que o crescimento empresarial. No geral, antecipamos que esta forte performance continue até ao final de 2015».

E explica ainda que «o mercado alemão de arrendamento de escritórios assiste a um crescimento continuado substancial. Além de uma procura em ascensão para espaço prime na cidade, os ocupantes olham cada vez mais para um leque mais vasto de submercados citadinos. Em algumas zonas adjacentes às melhores localizações do Prime CBD de Berlim e Hamburgo a taxa de desocupação para espaços de grande qualidade é hoje próxima de 0%, suportada pela crescente geração de empresas tecnológicas e de media à procura de uma base».

Neste contexto, a JLL espera que, em 2006, os níveis de atividade continuem a acelerar, à medida que mais mercados retomarem o crescimento, suportados por uma melhoria da confiança e pelos dados do emprego. Os volumes totais do arrendamento podem até chegar próximo dos 12 milhões de m², mais 5% que este ano.