O mercado de escritórios encerrou o primeiro trimestre deste ano com uma ocupação residual de 16.000 m² em Lisboa e 2.400 m² no Porto. De acordo com Office Flashpoint da JLL, o desempenho trimestral em qualquer das regiões fica consideravelmente abaixo do período homólogo, quando foram absorvidos 73.700 m² e 17.600 m², respetivamente.
Sofia Tavares, Head of Leasing Advisory da JLL, explica que “os baixos níveis de atividade registados no mercado este ano têm dois fundamentos essenciais. Por um lado, as empresas internacionais, que são atualmente uma fonte forte de procura em Portugal, estão mais resistentes a tomar novas decisões de investimento para as suas instalações devido à instabilidade geopolítica. Por outro lado, internamente, o mercado sofre atualmente de falta de oferta de edifícios novos e de qualidade. Não havendo espaços disponíveis adequados aos requisitos das empresas, especialmente áreas de maior dimensão, realizam-se menos operações”.
Entre janeiro e março, a ocupação de escritórios em Lisboa somou 33 negócios, com uma área média de apenas 490 metros quadrados. Destas operações, somente quatro envolveram áreas superiores a 1.000 m², duas das quais realizadas no mês de março, perfazendo 2.800 m² . Dos 16.000 m² tomados no 1º trimestre, 30% situam-se no Corredor Oeste e 25% no CBD, enquanto do lado da procura, foram as empresas de TMT’s & Utilities as mais dinâmicas, com 33% do take-up, embora se evidenciem ainda as empresas de Outros Serviços, que geraram 23% da absorção.
O mercado do Porto foi palco de 10 operações no acumulado do 1º trimestre, traduzindo uma área média por transação de 280 m² . Neste período, 48% da ocupação ocorreu na Zona Empresarial do Porto e outros 39% no CBD – Boavista. Entre a procura, as empresas de Serviços Financeiros foram as mais ativas, com 46% da absorção.