Em. 2022, o mercado de escritórios do Porto manteve-se saudável e próspero. De acordo com o relatório OnOffice, desenvolvido pela Predibisa, 2022 foi mais um ano com um ligeiro crescimento no take-up, mas muito em linha com a ocupação de 2021.
A área de escritórios colocada, no ano em análise, foi de 58.493 metros quadrados, o que equivale a um crescimento de 3 % face a 2021. A Predibisa esteve envolvida em duas das principais transações registadas em 2022. A consultora imobiliária foi responsável por 18.798 m² colocados (32% da área total absorvida), e quase 1/3 das operações realizadas (24 em 76).
A consultora destaca os meses de Setembro, Maio e Abril como «os melhores do ano em termos de área absorvida com cerca de 29 500 m², mais de metade da área total colocada em 2022». Face ao período homólogo, observa-se um ligeiro crescimento na área colocada, que se traduziu num aumento de 3% (mais 1 908 m²), sustentado pelo número de transações que passou de 63 para 76 (crescimento de 21%).
Verificou um decréscimo de 14%, em termos de área média de superfície contratada por operação. Ao longo de 2022, a procura e as dinâmicas por zona mantiveram-se em linha, com a cidade Invicta a manter o seu estatuto de concelho com maior atividade.
Porto com um total de 54 operações
A cidade do Porto registou, no ano em análise, um total de 54 operações que se traduziram em 36.285 m² (62% da área total colocada no ano), subdivididos pelas cinco zonas (Baixa, Boavista, Oriental, Outros Porto e ZEP).
A Predibisa indica que Matosinhos foi a zona que se destacou em 2022, com 34% da área total colocada (19 805 m2) e 22% do número de transações registadas no acumulado do ano (17 em 76). Segue-se a zona CBD Baixa com 17.933 m² colocados e 12 operações, a CBD Boavista com 10.122 m² e 22 operações, a ZEP com 4.276 m² e 10 operações, a Maia com 3 operações e 1.935 m² e finalmente Vila Nova de Gaia com apenas 2 operações e 468 m².
O relatório OnOffice destaca 4 operações com áreas superiores a 3.000 m², consideradas as transações de maior dimensão registadas ao longo do ano: duas na zona de Matosinho e duas na CBD Baixa. No que concerne às restantes operações, vinte e nove têm áreas compreendidas entre os 500 m² e os 3.000 m², vinte e três com áreas entre os 200 m² e os 500 m² e vinte com áreas inferiores a 200 m².
Setor dos “TMT’s & Utilities” com 49% da ocupação
As empresas ligadas ao setor dos “TMT’s & Utilities” assinalaram a maior ocupação de áreas de escritórios (49%), seguindo-se “Serviços a Empresas” com 16%, os “Serviços Financeiros” com 13% e “Outros Serviços” com 11% (entidades ligadas a “Farmacêuticas e Saúde”, “Consultores e Advogados”, “Construção e Imobiliário” e “Produtos de Consumo”).
Para 2023
A Predibisa prevê que, para 2023, sejam concluídos e reabilitados vários edifícios eficientes e com certificação BREEAM e LEED. A Invicta «segue no bom caminho para acolher mais empresas e reforçar a cidade e a região como um promissor destino tecnológico», frisa a consultora, acrescentado que «num mercado tão dinâmico e competitivo, é fundamental que os edifícios se destaquem pela qualidade, bem como as empresas se destaquem pelas boas práticas».