Segundo a análise do mercado de escritórios da Aguirre Newman, divulgada esta semana, nos primeiros 2 meses do ano foram registadas 31 operações, que correspondem a mais 8 transações que em igual período do ano passado.
Neste período, o maior número de operações verificou-se no Corredor Oeste, que concentrou 30% da área transacionada. A Zona Secundária ou o Parque das Nações registaram apenas 1 transação cada.
Por outro lado, o Prime CBD e o Corredor Oeste registaram a maior área contratada entre janeiro e fevereiro, 10.557m² e 9.378m².
De notar que, do total da área contratada até fevereiro de 2017, apenas 2 transações foram referentes a edifícios novos, com uma representação de 25% da área total contratada no período em análise.
A Aguirre Newman nota também que a superfície média contratada por transação aumentou cerca de 18%, de 864m² em fevereiro de 2016 para 1.017m² em fevereiro passado. Na zona do CBD pelo menos 50% das transações registaram uma superfície inferior a 300m².
Teresa Cachada, analista do departamento de Consultoria da Aguirre Newman, comenta que «a procura por escritórios com características modernas tem sido uma constante, procura essa que o mercado tem cada vez mais dificuldade em satisfazer devido à falta de construção de novos edifícios de Escritórios. Em zonas como o Parque das Nações, a limitada oferta tem tido repercussões no valor das rendas, verificando-se o seu aumento nos últimos meses».
A mesma responsável explica que «a procura de áreas superiores tem sido registada por empresas de Call Centers e Shared Services que, adicionalmente à qualidade dos espaços, procuram áreas de grande dimensão, habitualmente acima dos 500 m² e chegando por vezes aos 5.000 m². A solução encontrada tem passado por vários escritórios dispersos pela cidade de Lisboa, uma alternativa menos eficiente da desejada inicialmente (um único espaço de escritório com todos os serviços centralizados)».
Em fevereiro, o setor Farmacêuticas e Saúde destacou-se enquanto responsável por 44% da área contratada.