Nova sede da UCI prioriza flexibilidade e sustentabilidade

A UCI, instituição financeira especializada na concessão de crédito habitação, mudou-se para uma nova sede em Portugal, mais concretamente na Torre 1 das Amoreiras, em Lisboa. Desde 2013 no edifício, a empresa mudou-se do 14º andar para o 10º da Torre 1.Em entrevista à Vida Imobiliária, Greg Delloye, recentemente nomeado Diretor Geral da UCI em Portugal, indica que «esta mudança foi pensada ainda antes da pandemia. Na altura, sentíamos que precisávamos de um espaço mais aberto, mais moderno e mais confortável para toda a equipa e também para receber clientes e parceiros de negócio, e o 10º andar oferecia melhores condições para a realização das obras que tínhamos em mente. Nunca quisemos sair das Amoreiras porque nos agrada a posição central, as infraestruturas disponíveis e o prestígio da zona»."É um espaço mais flexível e com menos barreiras físicas"Ao ser questionado sobre o que oferece este novo espaço, o responsável máximo da UCI em Portugal refere que «reduzimos a quantidade de gabinetes para que grande parte da equipa possa trabalhar lado a lado nas 3 zonas de open space do novo escritório; não há lugares fixos para cada pessoa, bastando para isso fazer a reserva numa aplicação que foi disponibilizada e que permite também reservar o lugar de estacionamento e salas de reunião».Um dos pontos centrais da nova sede é a nova copa «ampla e arejada, com uma decoração moderna e cuidada, que parece um cenário de sessões fotográficas de lifestyle», além disso foram também «pensados diferentes espaços para responder às diferentes necessidades de trabalho», indica.Com a premissa «a UCI é a tua casa», o responsável explica que o objetivo foi «criar um espaço de trabalho no qual as pessoas quisessem estar no pós-pandemia, em que todos estavam habituados ao conforto da sua casa e olhavam com desconfiança o regressar ao escritório. Assim, com este espaço tão luminoso e tão agradável, essa questão foi facilmente ultrapassada». Entre a variedade de novos espaços disponíveis, Greg Delloye destaca a zona lounge, «uma zona de estar, com bicicleta, ideal para fazer uma pausa, para trocar ideias com alguns colegas, aproveitar os sofás e, quem sabe, para ler um pouco na pausa de almoço»."A sustentabilidade é um tema fundamental para nós"A nova casa da UCI em Portugal tem a sustentabilidade como «tema fundamental e estamos empenhados em contribuir para a melhoria da eficiência energética do parque habitacional português, pelo que não faria sentido não termos preocupações ecológicas com a nova sede», enfatiza o Diretor Geral da UCI em Portugal, acrescentando que «desde o primeiro momento, houve a preocupação de conseguir manter a certificação ambiental das instalações e os materiais e parceiros foram escolhidos cuidadosamente para executar esta obra segundo os critérios dessa certificação».Por exemplo, traduz-se na «alcatifa que escolhemos para o escritório, que tem um certificado carbono neutro, o que nos permitiu compensar 10 toneladas métricas de carbono, o equivalente às emissões de um carro que percorra 39.952 Km, mas também na instalação de iluminação LED e de sensores de presença, e na substituição de máquinas de ar condicionado para poupar energia elétrica».Ao ser questionado sobre se esta aposta torna a empresa mais atrativa e competitiva, Greg Delloye frisa que o objetivo é que «nos torne responsáveis e que os nossos comportamentos estejam alinhados com os nossos valores, valores esses que acredito serem uma das causas para a UCI ser há 4 anos consecutivos considerada um Great Place To Work»."Não voltaremos a um modelo de trabalho 100% presencial"No caso da UCI Portugal, «a adoção de um modelo de trabalho híbrido e não haver lugares fixos no escritório demonstra na perfeição como a pandemia alterou a forma de trabalhar, tornando-a mais flexível, adaptável e descentralizada», neste seguimento «acreditamos que este modelo veio para ficar e que não voltaremos a um modelo de trabalho 100% presencial que tem muitas desvantagens: é mais dispendioso para todos, tem um maior impacto ambiental e é menos cómodo».A nova sede traz, assim, benefícios para os colaboradores «sobretudo com ter um ambiente de trabalho mais acolhedor e que se ajusta melhor às suas necessidades. Acreditamos que o bem-estar da nossa equipa é a chave para a satisfação dos nossos clientes, juntamente com o facto de ser uma equipa especializada em crédito habitação, e que, portanto, tem o know-how necessário para encontrar soluções para situações que na banca tradicional poderiam ser um problema».UCI confiante de que serão tomadas ações para facilitar acesso ao crédito da casaTendo em conta que o crédito habitação é um serviço de 1ª necessidade para garantir que o direito à habitação dos cidadãos, «estamos confiantes que esta é uma fase passageira e que serão tomadas ações que facilitem o acesso ao crédito habitação aos mais prejudicados pela situação atual, por exemplo os jovens que estão a comprar a 1ª casa», perspetiva o responsável máximo da UCI em Portugal.Greg Delloye mostra-se otimista quanto à revisão pelo Banco de Portugal das regras dos testes de stress, pois «vai permitir que algumas pessoas, que eram automaticamente barradas da aprovação de crédito habitação por não conseguirem suportar a prestação calculada com o indexante stressado em 3 pontos percentuais, voltem a poder aceder a empréstimos para a compra de casa. É uma ajuda, para começar, mas são necessárias mais ações».

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