Mercado lisboeta de escritórios com “recuperação notável” no 2º trimestre

Mercado lisboeta de escritórios com “recuperação notável” no 2º trimestre
Fotografia fornecida pela JLL.

Entre abril e junho, o mercado de escritórios de Lisboa registou uma recuperação notável, após um início de ano marcado por uma quebra acentuada. O take-up acumulado no primeiro semestre atingiu os 83.750 m², refletindo uma quebra homóloga de 34%, mas que contrasta com a diminuição de 77% registada no primeiro trimestre, revelando assim um crescimento de 25% no segundo trimestre e uma clara inversão de tendência, revela a JLL.

Segundo a consultora, este desempenho foi impulsionado por algumas operações de grande dimensão, como a ocupação de 32.000 m² por parte do Banco de Portugal no futuro projeto da Fidelidade em Entrecampos, que posiciona o CBD (zona 2) como o mais dinâmico do semestre e contribui para a predominância do setor de serviços financeiros, que representa 40% da atividade.

A JLL liderou a atividade neste semestre, com um market involvement de 38%. Destaca-se o negócio de 6.500 m² protagonizado por uma empresa global de serviços digitais no Oriente Green Campus, a maior transação de arrendamento do semestre. A crescente exigência por parte dos ocupantes tem vindo a consolidar a preferência por edifícios de qualidade, novos ou a construir, que representaram 60% da área ocupada neste primeiro semestre do ano. 

Este movimento de procura por espaços mais ajustados às novas exigências de trabalho está também na origem de um forte dinamismo nos movimentos de mudança, com 80% do take-up a corresponder à mudança de edifício por parte dos inquilinos. A pressão da procura por localizações prime e edifícios de nova geração está igualmente a refletir-se nas rendas. No Prime CBD (zona 1), a renda atingiu os 29 euros por m²/mês, o que representa um crescimento de 16% face a 2020 e uma subida de 0,50 euros por m²/mês face a 2024. A equipa de Leasing da JLL esteve envolvida na colocação de 19.290 m² no primeiro semestre.

Segundo Andreia Almeida, Head of Research da JLL Portugal, “estes dados mostram um mercado em transformação, onde a qualidade dos espaços, a localização e a capacidade de resposta às novas exigências dos ocupantes são fatores críticos de decisão. A recuperação do segundo trimestre mostra que o mercado está atento e ativo, mesmo num contexto de transição. Estes sinais são fundamentais para um balanço realista do semestre e para antecipar tendências para a segunda metade do ano”.

Já Bernardo Zammit e Vasconcelos, Head of Office Leasing da JLL Portugal, reforça que “a JLL volta a destacar-se pelo envolvimento em operações estruturantes para o mercado, refletindo o compromisso desta equipa em encontrar soluções ajustadas às necessidades dos seus clientes. Temos uma equipa experiente, dinâmica e multidisciplinar, que nos torna num parceiro de confiança no reposicionamento dos escritórios em Lisboa”.