No mês de fevereiro, a atividade no mercado de escritórios pautou-se pelo forte dinamismo da procura, com os níveis de absorção a mais do que triplicar mensalmente tanto em Lisboa como no Porto.
De acordo com o último Office Flashpoint da JLL, o mercado da capital é aquele onde a retoma da ocupação é mais evidente, estando muito próxima da barreira dos 50.000 metros quadrados a um mês do final do trimestre.
Lisboa com “níveis de atividade excecionais”
Exibindo «níveis de atividade excecionais», em fevereiro foram concretizadas 18 operações que somaram uma ocupação de escritórios de 42.300 m² em Lisboa, volume que é seis vezes superior quer face ao mês anterior quer face ao mesmo mês de 2023.
No conjunto dos dois primeiros meses de 2024, já foram ocupados 49.060 m² e concluídas 30 operações no mercado de escritórios da capital, com o volume de absorção a mais do que quadruplicar face aos 10.600 m2 tomados no período homólogo.
Nestes dois meses de 2024 foram registadas nove operações envolvendo áreas superiores a 1.000 m², contribuindo para que a área média por operação tenha aumentado para 1.635 m². Mais de metade (57%) da área transacionada desde o início do ano encontra-se no Parque das Nações (zona 5), sendo o Prime CBD (zona 1) o segundo eixo mais dinâmico, com 18% da ocupação. O setor dos Serviços Financeiros foi o grande motor da procura, garantindo 60% da ocupação.
Porto com “mês igualmente favorável”
O mês de Fevereiro foi igualmente um mês favorável para o mercado do Porto, que atingiu uma ocupação de 4.850 m² e crescimentos de 233% face a janeiro e de 27% em termos homólogos. Dos cinco negócios concretizados, quatro foram assessorados pela JLL – que garantiu 98% da ocupação mensal, 4.740 m² -; sendo que três envolveram espaços superiores a 1.000 m², impulsionando a área média por operação para 969 m².
Em termos de tipologia, todas as operações foram de arrendamento para ocupação imediata. A zona 3 – Zona Empresarial do Porto acolheu 57% da ocupação, fortemente impulsionada pela instalação de duas novas entidades no ICON Offices, nomeadamente a Fujifilm (1.624 m²) e a Vodafone (1.046 m²).
Estas duas operações foram assessoradas pela JLL, que também foi a consultora responsável pela colocação da i-Charging numa área de 1.730 m² no Marechal 50 (zona 1), naquele que foi o maior negócio até à data. O setor das TMT’s & Utilities foi o mais dinâmico do lado da procura, assegurando a tomada de 98% do espaço transacionado neste mês.