De janeiro a maio de 2023, o mercado de escritórios de Lisboa registou uma ocupação total de 35.142 m², apresentando os resultados mais baixos dos últimos 5 anos. Até maio, o take-up acumulado está 53% abaixo da utilização média dos últimos 5 anos para o mesmo período em análise. São os dados divulgados pela Savills, esta quinta-feira.
Entre janeiro e maio, foram fechadas 62 operações, o que representa uma diminuição de 27% em comparação com o mesmo período de 2022. O Parque das Nações foi responsável por 26% do take-up deste período, com um total de 7 operações, seguido do Corredor Oeste (17%) e da Zona de Expansão (15%), com 19 e 7 transações, respetivamente.
Quanto ao take-up por setor de negócios, a consultora indica que os TMT’s & Utilities representaram 34% do total da zona de escritórios de Lisboa, com 15 transações até ao momento, seguindo-se Consultores e Advogados (11%), Serviços a Empresas (10%) e Construção e Imobiliário (10%).
Frederico Leitão de Sousa, Head of Offices da Savills Portugal, sublinha que «Portugal, especialmente Lisboa, tem vindo a mostrar melhorias no índice de confiança do consumidor, tanto do ponto de vista empresarial como do consumidor. Acreditamos que este cenário mais otimista irá trazer resultados positivos para o mercado de escritórios durante o 2º semestre de 2023. Além disso, aguardamos com expectativa a finalização dos projetos que temos atualmente em pipeline para os próximos dois anos, que certamente trarão uma maior procura por espaços de qualidade e eficientes, reforçando o dinamismo da cidade e potenciando Lisboa como um dos principais players do mercado europeu».
Mercado de escritórios do Porto estabiliza
O Porto apresentou um volume total de take-up, até maio, superior a 20.000 m². Os resultados destes meses estão alinhados com os números pré-pandemia. Nos primeiros cinco meses do ano, foram concluídos 26 negócios. A Zona de Expansão, responsável pela maior parte da ocupação deste período, representa 40% do take-up total, com 5 operações, seguida da Zona Out of Town (25%) e da CBD Boavista (20%), com 5 e 6 transações, respetivamente.
No que se refere ao volume de take-up por setor de negócios, Consultores e Advogados registam o maior volume de adesão durante os primeiros 5 meses do ano - refletindo 31% do volume final, com 3 transações - seguido dos segmentos de Construção e Imobiliário (29%) e TMT’s & Utilities (15%).
Francisco Megre, Offices Consultant da Savills Portugal, enfatiza que «o mercado de escritórios do Porto tem apresentado números estáveis, no que diz respeito ao take-up acumulado de janeiro a maio, quando comparamos os resultados destes meses com os anos anteriores (com exceção de 2021). Atualmente, contamos com mais de 70.000 m² em pipeline, que serão concluídos até o fim do ano, dos quais quase 50% se concentram na Zona 5 – Out of Town. Este cenário mais estável do mercado do Porto comprova o seu enorme potencial de desenvolvimento e o seu poder de atração de um vasto leque de empresas e atividades».