A taxa de penetração dos flex offices é atualmente de 2,7%, segundo os dados da CBRE, num total de cerca de 4.500.000 metros quadrados de escritórios em Lisboa. Adicionalmente, os flex registam uma taxa de ocupação a nível nacional superior a 85%. Foi também registado que, em 2023, foram acolhidos 6.000 postos de trabalho em Lisboa e que a procura no Porto continua a crescer.
Estas são algumas das conclusões do evento realizado em Portugal exclusivamente para os principais operadores de flex offices, organizado pela CBRE.
Uma das principais tendências do setor discutida neste encontro foi o facto de se verificar que os contratos são cada vez mais longos e que quem procura os flex offices são, mais do que pequenas empresas e freelancers, empresas com diferentes dimensões e de setores distintos que muita vezes encontram nesta solução a flexibilidade necessária para entrar no mercado português ou testar a expansão de uma área de negócio.
«A mudança de paradigma no mundo do trabalho é inegável e hoje estamos certos de que enormes mudanças se têm verificado, sobretudo ao longo dos últimos dois anos, e que caminhamos para uma evolução crescente. O segmento dos flex offices é dinâmico e tem despertado cada vez mais interesse na Europa e em Portugal o que significa, para as empresas, flexibilidade e agilidade», comenta André Almada, Senior Diretor Offices, na CBRE Portugal.
A oferta de experiências é outra tendência que, segundo a consultora, tem vindo a ser verificada, tendo em conta que os flex offices pretendem fomentar um sentimento de comunidade, oferecendo experiências diferenciadoras a todos aqueles que trabalham nestes espaços, para elevar o nível de pertença e satisfação em relação ao espaço.
Para além da flexibilidade, os dados do estudo CBRE “Spring 2023 U.S. Occupier Sentiment Survey”, revelaram que mais de metade das empresas indicam também que, no edifício do seu escritório, gostariam de ter acesso a serviços e comodidades partilhadas, como espaços para reuniões, espaços extra, creches, ginásios. E quase 40% referiram que desejariam poder gerir os custos do aluguer com base na utilização real do espaço, de acordo, por exemplo, com o formato de trabalho híbrido.