O trabalho híbrido é hoje o modelo mais adotado pelas empresas a nível global. É uma das conclusões do novo 2024 Global Occupancy Planning Benchmarking Report da JLL. Cerca de 94% das entidades inquiridas pela consultora operam neste modelo, confirmando que o trabalho híbrido veio para ficar e que tem um impacto longo.
O inquérito mostra que os programas híbridos de ocupação estão em constante evolução para acomodar uma crescente variedade de atividades de trabalho, e em como as empresas podem olhar para a ocupação e design do espaço de trabalho de forma mais holística para integrar essas mudanças.
«Através da aposta em novas tecnologias de monitorização, do maior recurso a dados de utilização do espaço e da presença de zonas de trabalho para a privacidade e o trabalho de concentração, as empresas podem garantir que estão efetivamente a integrar as necessidades dos espaços de trabalho em mudança», de acordo com o inquérito.
Com base nas perspetivas da JLL e nos dados acumulados de mais de 85 empresas que representam cerca de 58 milhões de metros quadrados em 12 setores de atividade a nível mundial, o relatório de benchmarking elenca as melhores práticas para as empresas poderem utilizar o espaço de trabalho como um ativo para atrair e reter os melhores talentos.
De acordo com a JLL, um dos fatores críticos de sucesso para um espaço de trabalho híbrido é a capacidade de funcionar com padrões de ocupação que mudam ao longo da semana. Com quase 50% das empresas a tencionar expandir os seus programas híbridos nos próximos três anos, «há uma oportunidade única para criar um espaço de trabalho mais dinâmico que integre a gestão de instalações, o planeamento do espaço e a tecnologia na tomada de decisões».
«Este estudo global só vem confirmar que o trabalho híbrido cria oportunidadades únicas para os espaços de trabalho e para as empresas, e que poderemos ser muito mais criativos e eficientes. Existem já muitas empresas a adoptarem rácios de partilha de secretária entre os 50% e os 70%, libertando o espaço para zonas de colaboração e de experiência», diz Caetano de Bragança, Head of Workplace Strategy da JLL.
Um estudo realizado em Portugal pela JLL, em parceria com a AON, sobre os novos modelos de trabalho, mostra que 90% das empresas inquiridas adotaram políticas de trabalho híbrido e que 72% consideram que o se escritório está preparado para acolher estes novos modelos de trabalho. Contudo, e provavelmente em reconhecimento de que estes são processos dinâmicos, 60% das empresas preveem alterar a configuração ou localização do seu escritório nos próximos 5 anos.
«Portugal segue a tendência global, com as empresas a perceberem que o trabalho híbrido veio para ficar, mas está a evoluir. Isso mesmo mostra o estudo que desenvolvemos a nível nacional. Esta fatia de 60% das empresas que antecipa a necessidade de reconfigurar ou relocalizar o seu escritório no espaço de cinco anos, reflete a consciência de que o espaço de trabalho tem de se ir constantemente adaptando às novas necessidades de trabalho, tornando-se numa ferramenta essencial para o desempenho das organizações», infere Caetano de Bragança.