Entre janeiro e junho, foram ocupados 128.300 m² de escritórios em Lisboa e 28.400 m² no Porto, revela o Office Flashpoint da JLL. O relatório da consultora apura um crescimento homólogo de 238% da atividade no mercado de Lisboa e de 13% no do Porto, confirmando a forte recuperação dos indicadores de desempenho deste setor face ao ano 2023.
Sofia Tavares, Head of Office Leasing da JLL, nota que «a recuperação da procura de escritórios reflete a melhoria das condições económicas e do alívio das políticas monetárias, associados ao aumento de oferta disponível. Naturalmente, Lisboa, que foi um mercado mais pressionado em 2023, regista um maior índice de crescimento. De tal forma que, em seis meses já superou o volume ocupado em todo o ano 2023. No Porto, a atividade segue também em recuperação, o que anima muito as expetativas para o total do ano. De assinalar ainda a reativação das operações de grande dimensão, com cerca de um quarto das transações quer em Lisboa quer no Porto a envolverem áreas superiores a 1.000 m²»
Nos primeiros seis meses do ano verificaram-se 82 operações de ocupação de escritórios em Lisboa, das quais 22 dizem respeito a áreas superiores a 1.000 m². Neste período, a área média transacionada por operação foi, assim, de 1.564 m², evidenciando-se o Parque das Nações como a zona mais dinâmica (39% da ocupação semestral) e as empresas de Serviços Financeiros como os principais motores da procura, ao gerarem 38% do take-up.
No Porto, contabilizam-se 42 operações de tomada de escritórios até junho, entre as quais 10 com áreas acima dos 1.000 m2 . A área média por operação é de 676 m² neste mercado, o qual foi dominado pelas empresas de TMT’s & Utilities (45% do take-up) e exibiu maior atividade nas zonas de Matosinhos (36% do take-up) e CBD Boavista (35%). Sem prejuízo da boa performance do mercado de escritórios em termos acumulados, o mês de junho exibiu níveis de atividade moderados, com apenas 4 operações e 1.200 m² ocupados no Porto e 10 operações no total de 9.300 m² em Lisboa.