Os números do LPI e da Aguirre Newman mostram que foram registadas 17 operações, correspondendo a mais 5 transações que em janeiro de 2016, sendo que o maior número de transações se verificou no Prime CBD, concentrando 59% da área transacionada. A Zona Emergente e a Zona Secundária registaram apenas 1 transação cada.
Por distribuição geográfica, o Prime CBD e a Zona Secundária registaram a maior área contratada em janeiro, de 10.557m² e 2.920m², respetivamente. A superfície média contratada por transação subiu 25%, de 848m² em janeiro de 2016 para 1.055m² no mês passado.
Pelo menos 50% das transações no CBD, Zona Emergente e Corredor Oeste registaram superfície contratada inferior a 300m². Nota ainda para o facto de que, do total da área contratada em janeiro, apenas 1 transação foi referente a um edifício novo de escritórios, representando 16% da área total contratada.
De acordo com o Office Flashpoint, da JLL, em termos de setores, dominaram as áreas de Consultores e Advogados, que representaram 40% da área tomada, Serviços Financeiros, com 22% do total, e TMT’s & Utilities, representando 16%.
De acordo com a consultora, em janeiro a mudança de edifício foi a principal motivação para os arrendamentos registados, representando 67% da área total ocupada. A entrada de novas empresas em Lisboa e a expansão de área pesaram 33% do total.
Mariana Rosa, diretora de Office Agency & Corporate Solutions da JLL Portugal, considera que «este mês de janeiro foi muito bom, tendo em conta que normalmente o arranque do ano é um período em que as empresas têm processos de decisão um pouco mais longos e em que a atividade do mercado de escritórios é menos dinâmica. Isto prova que há confiança na economia e que as expetativas são muito positivas para o resto do ano». Mas, por outro lado, a responsável salienta que este dinamismo «comprova ainda a crescente tendência para a procura de áreas de grande dimensão, o que nos faz, lembrar, mais uma vez, que este é o momento certo para lançar nova promoção de escritórios no mercado. Existem cada vez menos áreas de grande dimensão capazes de responder aos requisitos atuais da procura, especialmente em zonas centrais da cidade, pelo que é muito importante que este pipeline de áreas novas de grande dimensão comece a ser alimentado, sob pena de Lisboa perder negócios muito interessantes».
Paulo Silva, diretor geral da Aguirre Newman, alerta que «os números alcançados em janeiro de 2017 mais não são do que uma evidência da dinâmica da procura de escritórios em Lisboa, não sendo uma garantia de que no final do ano se venham a alcançar valores de colocação semelhantes aos de 2015 e 2016 (superiores a 140.000m2), uma vez que não há escritórios disponíveis com os níveis de qualidade exigidos pelas empresas para concretizarem as suas intenções de mudança».