A opinião é de Alexandra Santos, da Cplace – Design to Connect, empresa que trabalha com espaços de trabalho, que falava durante o webinar “Impacto do isolamento social no homeworking place”, organizado recentemente pela APFM. Para a responsável, «estamos todos a aprender as novas formas de trabalhar, como nos vamos organizar na economia e na sociedade e como vamos dar resposta a este novo paradigma».
Acredita que os facility managers «têm agora a missão de agilizar esta mudança, mantendo as operações, criando padrões de melhoria processual e preparando o futuro das organizações, mantendo as operações, criando padrões de melhoria processual», numa altura em que «a microgestão já não faz parte dos parâmetros de sustentabilidade de uma organização. Temos pensar no todo, e fica esse desafio lançado para o FM: como fazer a gestão global à distância?».
Mas também as lideranças estão a aprender, e o erro faz parte. Numa altura em que «temos de garantir que neste isolamento o trabalho é desempenhado de forma eficiente mas tranquila», acredita que «é normal errar, estamos agora a aprender».
Há que trabalhar para o bem-estar de todos e para o conforto de cada um, segundo Alexandra Santos. Isto significa que o conforto do escritório tem de ser replicado em casa, «num espaço apropriado, ergonómico, que permita concentração e interação».
E a ideia não passa simplesmente por «levar o posto de trabalho para casa», é preciso «arranjar uma solução integrada para cada trabalhador, cada caso é um caso».
No teletrabalho «tudo tem de estar à distância de um clique. A ótima experiência digital tem de ser garantida», defende Alexandra Santos. Mais do que nunca, é necessária «uma experiência digital eficiente, boa conetividade, equipamentos, partilha de informação segura».
Importa também perceber «como nos mantemos saudáveis, a trabalhar em casa, conciliando a família com o trabalho». Segundo a especialista, promover as pausas é importante, nomeadamente com os colegas, à distância, ou praticar exercício físico, ações de team building, entre outras iniciativas.
Sobretudo, considera que «é importante respeitar o tempo de adaptação de cada um ao novo contexto». E especialmente para as organizações, é importante fazer inquéritos e perceber como está a ser a experiência de cada um, porque «nada se melhora sem medir». Importa «identificar os problemas e as oportunidades, resolver em conjunto, preparar as equipas e comunicar as medidas para a “nova normalidade”».
Quando chegar a hora do regresso, «é muito importante garantir que o espaço de trabalho está preparado para garantir segurança e tranquilidade», defende a responsável.