RICS foca-se na gestão da incerteza no “pós-covid”

RICS foca-se na gestão da incerteza no “pós-covid”

Quem o diz é José Covas, recentemente nomeado Chairman do RICS em Portugal, que nota que «as recomendações do RICS vão no sentido de alguma ponderação e contenção no dia-a-dia», nomeadamente nas áreas da contratação, avaliações ou transações, entre outras. «Temos de ser muito transparentes nesta fase, é preferível parar e respirar do que embarcar em situações que não são as mais corretas», alerta o responsável.

Falando no Conversas Diárias – Especial Covid-19, José Covas destacou que, nesta «fase complicada», os avaliadores em particular «têm uma tarefa um pouco ingrata, em que não conseguimos antecipar o que vai acontecer, mas temos de refletir o estado do mercado». Acredita que «o RICS pode ajudar muito com as normas. Temos de proteger-nos com informação e sermos transparentes com os nossos clientes», completa.

E mesmo antes da Covid-19, a formação era já uma das prioridades do RICS para Portugal, que quer trazer para o mercado, «não só para os membros, mas também para todos os players».

Além disso, outra das apostas é a implementação de novas regras no mercado: «avançou-se muito do ponto de vista legislativo, mas ainda há muito a fazer para ajudar o mercado a profissionalizar-se ainda mais». Está certo de que «crescemos muito na última década e tornámo-nos uma referência».

 

“Queremos fazer crescer o RICS em Portugal”

Um dos grandes objetivos do RICS neste momento é aumentar a sua presença em Portugal, «seja por iniciativas próprias seja através de parcerias com universidades ou outras», diz José Covas.

«Queremos crescer nessas outras áreas que não a avaliação (que representa cerca de 70% dos membros), como a construção, mediação, project management, urbanismo, arquitetura, entre outros», garante o Chairman.

«A grande vantagem do RICS é o facto de criar um standard internacional», considera, destacando que «com a abertura ao mercado internacional, é muito importante para o RICS investir nessa área nos próximos 2 a 3 anos, fazendo crescer o número de membros», refere o responsável, que garante que «há muita coisa a fazer em Portugal».