O estudo da Oxford Economics sobre os impactos da covid-19 no turismo europeu, ao qual a Lusa teve acesso, aponta para que Portugal registe menos 7 milhões de entradas internacionais este ano, face ao ano passado. O PIB português depende em 16,5% do setor do turismo, segundo o Conselho Mundial de Viagens e Turismo, a par de Espanha, com uma percentagem semelhante.
Esta quebra é apenas superada pela quebra esperada para Itália, de 49%, e para Espanha, de 42%, dois dos países mais afetados pela pandemia na Europa.
Também França espera uma quebra de 40% nas chegadas de turistas internacionais, equivalente a menos 38 milhões de visitantes, o maior volume a nível europeu. O país é também responsável por cerca de 13% das entradas internacionais em toda a Europa.
No total, o sul da Europa deverá registar uma quebra de 40% no turismo em 2020, depois de uma subida de 5% em 2019.
Níveis de 2019 só depois de 2023
O estudo ressalva que estes números dependem da duração potencial das proibições de viagem, que «ainda é bastante incerta», pelo que os números podem ainda variar substancialmente, melhorando ou piorando, caso as restrições se mantenham.
E nota que «embora se preveja uma rápida recuperação em 2021, não se espera que os níveis de viagens internacionais registados em 2019 se restabeleçam antes de 2023, uma vez que os efeitos prolongados sobre os rendimentos se repercutem» nos movimentos turísticos, cita o Negócios.