PIB’s de Portugal e Espanha deverão cair 8% este ano

PIB’s de Portugal e Espanha deverão cair 8% este ano

Este é um dos impactos que a crise gerada pela pandemia Covid-19 deverá gerar na economia mundial, segundo revela o Fundo Monetário Internacional (FMI) no seu relatório mais recente “World Economic Outlook” divulgado esta terça-feira.

Os dados agora divulgados vêm agora confirmar e quantificar o alerta dado por Kristalina Georgieva Managing Director FMI a semana passada, que avançava que «o crescimento mundial tornar-se-á acentuadamente negativo em 2020». O relatório agora divulgado acrescenta que este resultado é «muito pior do que durante a crise financeira global de 2009».

São economias avançadas do espaço europeu – onde se prevê um retrocesso mais acentuado do que no mundo, na ordem dos 7,3% -, as que deverão registar algumas das maiores quedas, já que, segundo o estudo, é «onde várias economias estão a enfrentar surtos generalizados e implementando medidas de contenção». Para além de Portugal e Espanha, também o Reino Unido deverá ver o seu PIB contrair 6.5%, a Alemanha verá o ver o seu a cair cerca de 7%. Estima-se que Itália deverá ser um dos países da Europa com a economia mais fustigada pela crise, atingindo um retrocesso de 9.1%. Mas, ainda assim, a Grécia deverá ter uma queda maior: de 10%.

 

2021 será um ano de recuperação

Apesar do balanço negativo para este ano, 2021 deverá ser um ano de recuperação, segundo estima o FMI. A economia mundial deverá erguer-se desta crise crescendo 5,8%. E a da Europa deverá apresentar uma evolução de 4,5%.

As contas do FMI apontam também para um crescimento do PIB em Portugal superior à média europeia, de 5%. Já Espanha deverá apresentar uma evolução positiva, mas ligeiramente inferior à da Europa: de 4,3%. As projeções para Itália e para a Grécia, os países mais castigados, também são positivas – de 4,8% e 5,1%, respetivamente.

Apesar de estar previsto uma rápida recuperação das economias, esta ainda não deverá compensar as quedas em maior percentagem estimadas para 2020. Isto quer dizer que as económicas deverão demorar anos a recuperar totalmente.