De acordo com os dados do INE, no mês passado o número de hóspedes somou os 68.000, e as dormidas as 193.800, variações de -97,1% e 96,7%, respetivamente. As dormidas de residentes desceram 92,7%, e as de não residentes 98,3%, depois de descidas acima dos 55% no mês anterior.
O perfil do hóspede também se alterou, com destaque para os turistas que ficaram retidos em Portugal sem possibilidade de regressar ao seu país de residência, ou profissionais que tiveram de se deslocar ao país.
Neste mês, em contexto de Estado de Emergência, cerca de 80,6% dos estabelecimentos de alojamento turístico terão estado encerrados ou sem ocupação.
O INE fez ainda um questionário específico adicional em abril e maio que analisou as respostas de 5.000 estabelecimentos turísticos sobre as perspetivas da atividade para os próximos meses, até agosto, segundo o qual 78,4% acreditam que a pandemia motivou o cancelamento das reservas agendadas entre março e agosto.
Esta percentagem varia inversamente com a extensão do horizonte temporal, já que 74,4% dos alojamentos reporta cancelamentos para junho, 63,6% para julho e 57,5% para agosto.
A Madeira apresentou o maior peso de estabelecimentos com cancelamentos de reservas, num total de 90,4% cos estabelecimentos e 98,6% da capacidade oferecida, seguida pelos Açores, com 89,7% e 96,5%, respetivamente. O INE salienta que as medidas mais restritivas à mobilidade e transporte nas ilhas poderão explicar esta maior taxa de cancelamentos.