Obras acompanhadas pela Broadway Malyan “não pararam”

Obras acompanhadas pela Broadway Malyan “não pararam”

Quem o diz é Margarida Caldeira, Chair of the EMEA Board da empresa, no Conversas Diárias – Especial Covid-19, afirmando que «as obras que estamos a acompanhar não pararam, e algumas são de grande dimensão».

A responsável considera que a arquitetura tem a «sorte» de ser uma área na qual «não é tão difícil de trabalhar como noutras atividades», e que a experiência vivida na última crise de 2008 está a ajudar, uma altura em que muitos clientes estavam «do outro lado do oceano».

Admite que passar à prática é diferente. Ainda assim, «a equipa tem sido inexcedível. Estamos há quase quatro semanas a trabalhar em casa, ainda não falhamos nenhum prazo de entrega, temos tido reuniões com os nossos clientes nos projetos nos quais estávamos a trabalhar, talvez à exceção de um ou outro cliente do retalho», que é um dos setores mais imediatamente afetados.

Por outro lado, «em Lisboa beneficiámos da experiência que os nossos colegas de Xangai tiveram no final de janeiro», quando foi imposta a quarentena. «Nessa altura a nossa equipa de IT conseguiu implementar muito rapidamente o teletrabalho e funcionou muito bem. Nesta altura já retomaram todos os postos de trabalho, primeiro a 50%, e agora já a 100%. Todos usam máscaras, o ar condicionado não está ligado. Muitos sentem que os clientes e os promotores estão a continuar a atividade e os projetos. Voltamos agora a ter muito trabalho», garante. 

 

Menos viagens de trabalho

Margarida Caldeira acredita que, depois desta crise sanitária, «vamos viajar menos por motivos de trabalho. Chegamos à conclusão que não faz muito sentido fazer milhares de quilómetros para reuniões de um dia, por exemplo».

Mas admite que a parte social continuará a ser importante: «a área das conferências deverá manter-se. E sendo o homem um animal social, nós gostamos de estar uns com os outros, e isso vai notar-se também no mercado de trabalho», ainda que se possa voltar ao escritório de máscara, como na China.

Vai manter-se a tendência de flexibilização dos espaços, nomeadamente de trabalho e de habitação, «é algo que já vínhamos a desenvolver» na arquitetura. A componente da hotelaria será cada vez mais incorporada no residencial, acredita.