Esta linha destina-se às pequenas e médias empresas portuguesas, cuja atividade seja afetada pelo curto da Covid-19. Pode ser usada para o pagamento de salários ou aquisição de produtos e matérias primas, funcionando como fundo de maneio de tesouraria. Mas a APEMIP considera que não dá a resposta necessária.
Luís Lima, presidente da associação, comenta que «neste momento, a intervenção do Estado é imprescindível para que as empresas consigam garantir a sua operacionalidade e a garantia dos seus compromissos, como o pagamento de salários. Mas uma linha de 200 milhões de euros para todos os setores da economia (à exceção dos contemplados numa linha especial de 3.000 milhões de euros) não é suficiente. E irá esgotar-se num ápice».
Por outro lado, a APEMIP considera que muitas empresas têm dificuldade em atestar a sua situação atual para serem elegíveis. E critica o facto de a linha não ser garantida a 100% pelo Estado: «sugerem às empresas que se financiem para pagar salários através de uma operação comercial normal, quando deveria ser criado um regime excecional garantido totalmente pelo Estado, com entrada de fundos públicos diretamente nas empresas».
Em específico para o setor imobiliário, a APEMIP reclama medidas «específicas concretas» perante uma quebra de vendas «de quase 100% devido ao adiamento das escrituras e à ausência de visitas a imóveis». Um setor do qual dependem 40.000 pessoas, segundo a APEMIP.