Luís Lima, presidente da APEMIP, destaca que «com o número de viagens a diminuir e com as recomendações das autoridades de saúde, é natural que a procura no imobiliário sofra uma quebra, até pela tendência global do adiamento de investimentos. Nenhum sector será imune ao impacto deste surto. Ninguém estava preparado para algo desta dimensão, mas as micro, pequenas e médias empresas, em particular, terão uma maior dificuldade em assumir os seus compromissos, o que exige que o Governo tome medidas específicas de proteção». E afirma que «os direitos e deveres dos trabalhadores devem ser naturalmente salvaguardados, mas as empresas também, caso contrário, será impossível garantir a manutenção dos postos de trabalho existentes».
Através do Conselho de Concertação Social e por via da integração na Confederação do Comércio e Serviços de Portugal, a APEMIP está «a defender junto do Governo medidas de proteção das pequenas e médias empresas, tais como a suspensão de penhoras fiscais, o financiamento à tesouraria das empresas, a implementação de moratórias, e a suspensão dos despejos no comércio e serviços».
No mesmo comunicado, também se pode ler que «estamos a defender que haja por parte do Estado uma ação efetiva junto do setor financeiro, para que a Banca tenha um papel de apoio às empresas, e não de aproveitamento perante eventuais situações de incumprimento motivadas pelas dificuldades de faturação que as empresas irão enfrentar neste período».
«Neste momento, é necessário que haja união nacional, e que os partidos estejam, todos eles, alinhados com o Governo na defesa dos cidadãos e da economia. Não se pode admitir que numa situação como esta, haja espaço para eventuais aproveitamentos políticos face à fragilidade económica que estamos a sentir», apela Luís Lima.