Devido à pandemia e à sua evolução na região, até agora, os centros comerciais tinham de fechar às 20h na Área Metropolitana de Lisboa. Mas uma resolução de Conselho de Ministros de 13 de agosto definiu que as autarquias da AML que continuam em situação de contingência podem decidir sobre os horários dos estabelecimentos de comércio a retalho e prestação de serviços, com um parecer favorável da autoridade de saúde local e das forças de segurança.
Em entrevista à TVI, António Sampaio de Mattos, presidente da APCC, afirmou que «nunca concordámos com essa medida (restrição de horários). Os centros comerciais mostraram que estavam preparados para funcionar conforme as regras estabelecidas para o combate à pandemia, estavam a cumprir todas as normas para o seu funcionamento». Por isso, considera que esta medida «será um repor da normalidade no horário, que já devia ter acontecido há mais tempo».
De acordo com o responsável, a limitação do horário na AML levou a uma quebra de 15% no tráfego dos centros da região, em comparação com os restantes centros do país que abriram em horário completo no desconfinamento. Agora, «esperamos um aumento significativo dos visitantes dos centros comerciais», diz.
Mas Sampaio de Mattos considera que «também a capacidade máxima precisa de ser alterada. Na maior parte dos países da União Europeia os limites são de 10 a 10 pessoas por metro quadrado», e «há capacidade para ter mais pessoas nos centros ao mesmo tempo», garante.
«No caso das lojas com filas, é necessário criar o distanciamento necessário, mas admito que às vezes isso não aconteça. Cabe aos vigilantes dos centros coordenar essas situações», diz o Presidente da APCC.