Quem o diz é a B. Prime no seu mais recente Prime Watch, referente ao primeiro trimestre deste ano, mas só agora divulgado, por forma a que a informação fosse atualizada tendo em conta o impacto da pandemia.
«Num ano atípico mantivemos a análise, pela qual o Prime Watch é reconhecido, mas decidimos adicionar alguns dados e comentários sobre o impacto desta conjuntura anormal, nestes primeiros meses de 2020», diz Jorge Bota, Managing Partner da B. Prime.
Segundo a B. Prime, no primeiro trimestre foram investidos 1.450 milhões de euros no imobiliário comercial português. O retalho representou 60% do investido, a hotelaria 21% e os escritórios 15%, segundo a consultora.
O efeito da pandemia foi mais sentido no retalho, no que diz respeito à performance dos ativos, devido ao confinamento imposto e ao fecho das lojas. Em sentido contrário, a logística cresce devido a uma subida «vertiginosa» do e-commerce, que evidenciou a relevância deste tipo de ativos na cadeia de distribuição.
O arrendamento de escritórios continua a ser marcado pelo pré-arrendamento, alguns projetos continuam a chegar ao mercado praticamente arrendados. Mais de metade dos novos 44.851 m² que devem entrar no mercado este ano já estão praticamente arrendados.
«Embora o primeiro trimestre tenha sido um dos melhores de sempre no mercado português, a partir de abril, tudo se alterou e apesar de estarmos a assistir a sinais interessantes de retoma de atividade, essa tem vindo a ser assimétrica nos vários setores, com maior dinamismo nos escritórios e logística e ainda a aguardar por melhores tempos, no retalho e no turismo», conclui o responsável.