A Associação Portuguesa de Centros Comerciais apresentou ao Governo, através do Ministério da Economia, um pedido de apoio semelhante ao praticado na maior parte dos países europeus, como França, onde o Estado contribui diretamente para o pagamento da renda do lojista ou indiretamente através de apoios aos lojistas dos centros comerciais, à semelhança do apoio que existe para o comércio de rua.
A associação liderada por António Sampaio de Mattos defende que é «fundamental que como condição da atribuição de apoios às rendas haja uma obrigação de manutenção de postos de trabalho e que Portugal adote critérios de atribuição de apoios, tal como é feito em praticamente todos os restantes países europeus, por forma a assegurar que os apoios sejam de facto destinados a quem realmente precisa».
Recorda que, até agora, «os centros comerciais portugueses foram os que mais apoiaram os seus lojistas em toda a Europa e que o têm feito sozinhos e sem quaisquer apoios. Apenas em 2020, os descontos já totalizaram mais de 600 milhões de euros o que torna a situação insustentável para as empresas».
Apela, por isso, para o «sentido de equilíbrio e justiça» que leve as entidades públicas «a implementar as medidas existentes para outros setores, por forma a eliminar a discriminação a que os centros comerciais estão a ser sujeitos em Portugal», lembrando que «este é o único que tem suportado os custos da pandemia, apoiando financeiramente os lojistas, sobretudo através das rendas, sem qualquer apoio do Estado, ao contrário do que acontece com o comércio de rua».
A APCC também reclama que a restauração dos centros comerciais possa realizar serviços de take-away, à semelhança dos restaurantes de rua. «Não entendemos como é que em espaços com segurança reconhecida por várias instituições não se permite que os restaurantes possam fazer serviço de take-away, ao contrário dos restaurantes de rua. Não se entende esta discriminação», refere Sampaio de Mattos.