A associação alerta que muitos estabelecimentos hoteleiros e turísticos do Algarve já fecharam ou preparam-se para encerrar portas, e que «a redução de custos é, neste contexto, uma obrigação incontornável para as empresas, assim como a extinção, mesmo que temporária, dos postos de trabalho. Neste sentido, o chamado lay-off simplificado, deve ser entendido apenas como uma solução de curto prazo, não servindo as necessidades da crise profunda que se antecipa longa e duradoura».
A AHETA propõe que o Estado assuma «66% respeitantes aos custos dos trabalhadores das empresas e dos estabelecimentos encerrados total ou parcialmente, libertando as empresas de um custo fixo elevado, comprometendo-se estas a manter os postos de trabalho, aquando da reabertura dos empreendimentos e a retoma da atividade».
No que concerne as linhas de crédito, alerta que «é preciso termos bem presente que os empréstimos não são subsídios, mas antes dívidas que terão de ser pagas num futuro próximo». E aponta que as taxas de juro cobradas pela banca, incluindo as garantias, «são superiores a 2,5%, podendo atingir valores de mais de 3%, o que no atual contexto é insuportável para as empresas». A associação propõe, por isso, que o Turismo de Portugal «assuma o papel de Instituição Financeira, que já foi no passado, substituindo-se à banca na concessão de empréstimos à atividade empresarial hoteleira e turística».
A AHETA pede também que as empresas com dívidas fiscais por regularizar o possam fazer através da prestação de garantias patrimoniais, «mesmo quando estes patrimónios tenham sido objeto de penhoras anteriores, bancárias ou outras», além da isenção temporária de algumas contribuições fiscais, como Segurança Social, Pagamento Especial por Conta ou IMI.