Numa apresentação do projeto à imprensa, Jorge Rebelo de Almeida, presidente do grupo, explicou que este «é um projeto antigo que foi sofrendo várias transformações» ao longo do tempo, já que a Vila Galé acredita que faz sentido ter «projetos diferenciados e inovadores». Assim, na Várzea de Sintra vai surgir numa área de 79.000m² um hotel com 77 quartos «de vida saudável e bem-estar», com componente hoteleira e 48 apartamentos para venda. A ideia é também «fixar mais turistas em Sintra», já que muitos dos visitantes da cidade ficam alojados no Estoril, Cascais, Ericeira ou Lisboa, apontou. Mas o principal e primeiro foco da nova unidade é o mercado português, pois «qualquer projeto antes de mais nada é para portugueses. E as pessoas que vêm de fora querem ficar num hotel português».
A «reeducação alimentar» é um dos pontos nos quais o hotel se pretende focar. Com buffets semelhantes aos que o grupo já tem nas suas unidades, aqui os hóspedes podem encontrar uma oferta diferente e orientação nutricional e médica específica. O hotel terá também um spa médico sob a nova marca Revival, piscinas para adultos e crianças (interiores e exteriores), dois restaurantes infraestruturas para crianças, e «atividades para toda a família», um hotel onde «não vai faltar nada».
No bloco do hotel vão estar disponíveis 44 apartamentos T0 e 15 T1 para exploração turística do grupo, mas é na envolvente que vão surgir os 48 apartamentos, 36 unidades T2 e 12 T3, com preços de 2.500 euros/m², pelo que os valores finais de lançamento rondam os 360.000 a 760.000 euros, «um produto para um segmento alto do mercado», explicou Jorge Rebelo de Almeida.
Estes imóveis serão vendidos totalmente equipados e mobilados, usufruindo de piscinas comuns independentes da área do hotel. O modelo de negócio passa por um serviço de gestão que pode ser acordado com o hotel e pelo “pay per use”, já que os proprietários podem usufruir dos serviços do hotel. As obras já começaram.
Os clientes brasileiros serão o principal público-alvo do grupo Vila Galé neste projeto, até porque cada vez mais cidadãos escolhem Portugal para “fugir” à crise do país de origem, e trocam, por exemplo, Miami, que era um destino tradicional de emigração brasileira, pelo nosso país. Os russos poderão ser também um mercado interessante, segundo o responsável.
O investimento total neste projeto deverá rondar os 25 milhões de euros, dividido pelas componentes hoteleira e imobiliária de forma semelhante.