«Este ano andámos às compras a sério», disse ao Expresso o administrador do grupo proprietário do Pine Cliffs, Carlos Leal, confirmando os planos de investimento nas duas cidades, onde se estreia depois dos resorts que já tem em operação no Algarve e em Cascais.
A entrada na hotelaria de Lisboa não é um objetivo novo, mas finalmente viu reunidas as condições para avançar, envolvendo um investimento de 70 milhões de euros. A Junqueira, mais concretamente o terreno ao lado do antigo centro de congressos da FIL, é o local escolhido para receber o projeto turístico-imobiliário com hotel e apartamentos de luxo, cuja abertura deverá acontecer em 2020.
Totalizando uma área de 25.000 m², o edifício de três pisos e em forma de U virado para o Tejo, será construído de raiz e dará lugar a 208 unidades, num misto de hotel e apartamentos, que serão integrados na operação hoteleira. As obras deverão arrancar em outubro, mas a fase de vendas será lançada no final deste mês, colocando no mercado os 108 apartamentos T1 a T3. Com preços em torno do milhão de euros, as primeiras reservas já foram feitas por clientes oriundos do Brasil, França, China, Turquia, África do Sul ou Médio Oriente, além de Portugal.
E são várias as novidades que estão a ser preparadas, adiantou Carlos Leal ao mesmo semanário. «O hotel vai ser um cinco estrelas de nível superior, com uma marca internacional inovadora que entra em Portugal pela primeira vez». O responsável confirma ainda que o mercado alvo é o topo de gama, com os preços a poderem ascender até aos 2.000 a 2.500 € por noite, no quase das seis suítes presidenciais.
O terreno da Junqueira foi formalmente adquirido e março deste ano, tendo depois reformulado o projeto original que já estava licenciado. O anterior proprietário era a Fibeira, com quem a UIP mantém uma parceria através da RealTejo, a empresa detida por ambas.
Este será o primeiro, mas não deverá ser o único hotel do grupo na cidade. «Lisboa tem capacidade para mais projetos, e estamos de momento a estudar mais oportunidades de investimento», avança ainda o administrador.
Antigas torres da EDP recebem hotel de 30 milhões
Os restantes 30 milhões de euros estão a ser investidos no Porto, mais concretamente nas antigas torres da EDP por cima da Trindade, junto à sede do JN. Recentemente adquiridos a 100% pela UIP, os imóveis tinham já um projeto turístico aprovado, que entretanto está a ser reformulado pelo arquiteto Nuno Leónidas.
«Vamos partir tudo por dentro e refazer as infraestruturas, só ficam os pilares e as vigas”, conta o responsável, adiantando que o objetivo é iniciar a obra em setembro, de modo a que fiquem concluídas no próximo ano.
Somando 149 quartos na categoria de quatro estrelas superior, este hotel também será operado por uma marca internacional inédita não só na Invicta, como em toda a Península Ibérica, mas cujo nome não foi ainda revelado.