Transações de alojamentos crescem 18,5% em 2016

Transações de alojamentos crescem 18,5% em 2016

Na comparação homóloga entre o último trimestre de 2016 e igual período de 2015, o aumento foi de 15,1%. Segundo a associação, Estes dados confirmam as previsões da APEMIP divulgadas no início do ano, e comprovam a dinâmica crescente do imobiliário desde 2013.

Luís Lima, presidente da APEMIP, comenta que «estes números vão ao encontro das estimativas da APEMIP, divulgadas em janeiro deste ano, que apontavam para um aumento de transações de alojamentos familiares na ordem dos 20%». Este responsável destaca que «desde há cinco anos, que a Associação tem levado a cabo uma monitorização do mercado de compra e venda, estimando a evolução das transações no mercado imobiliário, antes da divulgação dos seus números oficiais. Temos acertado sempre nas nossas estimativas, apresentando uma margem de erro mínima, o que credibiliza o trabalho de acompanhamento e monitorização que a APEMIP leva a cabo e que é da maior importância para avaliar o estado do sector imobiliário, em tempo útil», explica.

No entanto, e apesar deste crescimento contínuo dos últimos anos, os números ficaram aquém da expetativa da APEMIP. No início de 2016, a APEMIP tinha uma perspetiva de crescimento superior à  que se veio a confirmar, «mas, infelizmente, no decorrer do ano deram-se algumas situações que provocaram retração e desconfiança junto dos investidores». Luís Lima enumera «por exemplo, a criação de um novo imposto sobre o património, o Adicional ao IMI», ou o «problema de credibilidade no que concerne aos atrasos na concessão de vistos de residência, ao abrigo do programa de Autorização de Residência para Atividades de Investimento (Vistos Gold) que espantou os investidores, nomeadamente os chineses, que desconfiam da transparência e segurança deste mecanismo. Se não fossem estes dois casos, creio que o crescimento teria sido ainda maior».

Mercado espera mais descentralização

Luís Lima acredita que 2017 vai confirmar uma tendência de descentralização do investimento imobiliário. «Recentemente a APEMIP divulgou números da procura imobiliária que mostram que a descentralização do investimento imobiliário é uma realidade. O distrito do Porto ficou, pela primeira vez, no topo da procura imobiliária em Portugal, e à medida que a oferta for diminuindo neste distrito, deslocar-se-á para outras regiões do país».

De um modo global, o mercado imobiliário deverá crescer 30% este ano, contudo «é necessário voltar à construção nova, e já há procura para tal, sobretudo nas grandes cidades onde o stock é cada vez mais diminuto e os preços atingem valores superiores ao que seria desejável»