Tal como explicou o diretor geral da empresa, António Raab, à imprensa, a Hilti segue uma estratégia que passa pela «criação de valor sustentável, liderança e diferenciação pelos produtos, serviços e clientes, e valorização das pessoas», e «a tecnologia e serviços são cada vez mais importantes».
Numa altura em que o mercado da construção deverá crescer 4%, segundo as perspetivas da Euroconstruct nas quais a empresa se baseia, só a reabilitação urbana deverá representar 6,5%, e esta é uma das áreas na qual se especializa, pois é mais exigente que a construção nova pelas variáveis que implica.
Sendo também de prever que aumentem as obras de pequena e média dimensão, a Hilti aposta na digitalização, que vai «criar uma disrupção no mercado, apesar de a construção estar tradicionalmente atrás nesta matéria em relação a outras indústrias». E «os ciclos de inovação serão cada vez mais curtos. Estamos a lançar 60 ou 70 novos produtos por ano», explica a Hilti.
As baterias é uma das principais apostas, com vista a aumentar a produtividade no trabalho, sendo que uma bateria Hilti pode valer por 2 ou 3 baterias num dia de trabalho, e o material não é mais pesado do que o sistema com cabos. Este ano, a marca prevê lançar novas baterias em parceria com a Tesla.
A introdução de vários sistemas de segurança nas ferramentas é outra das preocupações, bem como a introdução da “internet of things” nestes produtos, ligada à sua componente de serviços, que são «a maior aposta da Hilti», como por exemplo o seu sistema de gestão de frota Hilti ON ! Track, que permite, de forma digital, etiquetar e localizar todos os materiais de uma obra ou empresa.
Com 19.000 colaboradores e mais de 10.000 produtos, a Hilti faturou cerca de 4 milhões de euros no ano passado, com um resultado operacional de 510 milhões e um resultado líquido de 382 milhões de euros, «o melhor até hoje». Em Portugal, a empresa sediada no Liechtenstein está presente desde 1978 e tem atualmente 100 trabalhadores distribuídos por 7 lojas.